segunda-feira, 26 de abril de 2010

ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A rotina é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança. Também proporciona à criança maior facilidade de organização espaço-temporal, e a liberta do sentimento de estresse que uma rotina desestruturada pode causar. Entretanto, como vimos, a rotina não precisa ser rígida, sem espaço para invenção (por parte dos professores e das crianças). Pelo contrário a rotina pode ser rica, alegre e prazerosa, proporcionado espaço para a construção diária do projeto político-pedagógico da instituição de Educação Infantil.

Hora da Roda

Na roda, o professor recebe as crianças, proporcionando sensações como acolhimento, segurança e de pertencer àquele grupo, aos pequenos que vão chegando. Para tal, pode utilizar jogos de mímica, músicas e mesmo brincadeiras tradicionais, como “adoleta” e “corre-cotia”,, promovendo um verdadeiro “ritual” de chegada. Após a chegada, o educador deve organizar a roda de conversa, onde as crianças podem trocar idéias e falar sobre suas vivências. Aqui cabe ao educador organizar o espaço, para que todos os que desejam possam falar, para que todos estejam sentados de forma que possam ver-se uns aos outros, além de fomentar as conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo o respeito pela fala de cada um. Através das falas, o professor pode conhecer cada um de seus alunos, e observar quais são os temas e assuntos de interesse destas. Na roda, o educador pode desenvolver atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de diversos códigos e linguagens, como, por exemplo, marcação do dia no calendário, brincadeiras com crachás contendo os nomes das crianças, jogos dos mais diversos tipos (visando apresentá-los às crianças para que, depois, possam brincar sozinhas) e outras. Também na roda deverão ser feitas discussões acerca dos projetos que estão sendo trabalhados pela classe, além de se apresentar às crianças as atividades do dia, abrindo, também, um espaço para que elas possam participar do planejamento diário. O tempo de duração da roda deve equilibrar as atividades a serem ali desenvolvidas e a capacidade de concentração/interação das crianças neste tipo de atividade.

Artes Plásticas

O trabalho com artes plásticas na Educação Infantil visa ampliar o repertório de imagens das crianças, estimulando a capacidade destas de realizar a apreciação artística e de leitura dos diversos tipos de artes plásticas (escultura, pintura, instalações). Para tal, o professor pode pesquisar e trazer, para a sala de aula, diversas técnicas e materiais, a fim de que as crianças possam experimentá-las, interagindo com elas a seu modo, e produzindo as suas próprias obras, expressando-se através das artes plásticas. Assim, elas aumentarão suas possibilidades de comunicação e compreensão acerca das artes plásticas. Também poderão conhecer obras e histórias de artistas (dos mais diversos estilos, países e momentos históricos), apreciando-as e emitindo suas idéias sobre estas produções, estimulando o senso estético e crítico.

Hora da História

Podemos dizer que o ato de contar histórias para as crianças está presente em todas as culturas, letradas ou não letradas, desde os primórdios do homem. As crianças adoram ouvi-las, e os adultos podem descobrir o enorme prazer de contá-las. Na Educação Infantil, enquanto a criança ainda não é capaz de ler sozinha, o professor pode ler para ela. Quando já é capaz de ler com autonomia, a criança não perde o interesse de ouvir histórias contadas pelo adulto; mas pode descobrir o prazer de contá-las aos colegas. Enfim, a “Hora da História” é uma momento valioso para a educação integral (de ouvir, de pensar, de sonhar) e para a alfabetização, mostrando a função social da escrita. O professor pode organizar este momento de diversas maneiras: no início ou fim da aula; incrementando com músicas, fantasias, pinturas; organizando uma pequena biblioteca na sala; fazendo empréstimos de livros para que as crianças leiam em casa, enfim, há uma infinidade de possibilidades.

Hora da Brincadeira

Brincar é a linguagem natural da criança, e mais importante delas. Em todas as culturas e momentos históricos as crianças brincam (mesmo contra a vontade dos adultos). Todos os mamíferos, por serem os animais no topo da escala evolutiva, brincam, demonstrando a sua inteligência. Entretanto, há instituições de Educação Infantil onde o brincar é visto como um “mal necessário”, oferecido apenas por que as crianças insistem em fazê-lo, ou utilizado como “tapa-buraco”, para que o professor tenha tempo de descansar ou arrumar a sala de aula. Acreditamos que a brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade. Cabe ao professor fomentar as brincadeiras, que podem ser de diversos tipos. Ele pode fornecer espelhos, pinturas de rosto, fantasias, máscaras e sucatas para os brinquedos de faz-de-conta: casinha, médico, escolinha, polícia-e-ladrão, etc. Pode pesquisar, propor e resgatar jogos de regra e jogos tradicionais: queimada, amarelinha, futebol, pique-pega, etc. Pode confeccionar vários brinquedos tradicionais com as crianças, ensinando a reciclar o que seria lixo, e despertando o prazer de confeccionar o próprio brinquedo: bola de meia, peteca, pião, carrinhos, fantoches, bonecas, etc. Pode organizar, na sala de aula, um cantinho dos brinquedos, uma “casinha” além de, é claro, realizar diversas brincadeiras fora da sala de aula. Além disso, as brincadeiras podem despertar projetos: pesquisar brinquedos antigos, fazer uma Olimpíada na escola, ou uma Copa do Mundo, etc.

Hora do Lanche/Higiene

Devemos lembrar que comer não é apenas uma necessidade do organismo, mas também uma necessidade psicológica e social. Na Bíblia, por exemplo, encontramos dezenas de situações em que Jesus compartilhava refeições com seus discípulos, fato que certamente marcou nossa cultura. Em qualquer cultura os adultos (e as crianças) gostam de realizar comemorações e festividades marcadas pela comensalidade (comer junto). Por isso, a hora do lanche na Educação Infantil não deve atender apenas às necessidades nutricionais das crianças, mas também às psicológicas e sociais: de sentir prazer e alegria durante uma refeição; de partilhar e trocar alimentos entre colegas; de aprender a preparar e cuidar do alimento com independência; de adquirir hábitos de higiene que preservam a boa saúde. Por isto, a hora do lanche também deve ser planejada pelo professor. A disposição dos móveis deve facilitar as conversas entre as crianças; deve haver lixeiras e material de limpeza por perto para que as crianças possam participar da higiene do local onde será desfrutado o lanche (antes e depois dele ocorrer); deve haver uma cesta onde as crianças possam depositar o lanche que desejam trocar entre si (estimulando a socialização e, ao mesmo tempo, o cuidado com a higiene). Além disso, é importante que o professor demonstre e proporcione às crianças hábitos saudáveis de higiene antes e depois do lanche (lavar as mãos, escovar os dentes, etc.). O lanche também pode fazer parte dos projetos desenvolvidos pela turma: pesquisar os alimentos ais saudáveis, plantar uma horta, fazer atividades de culinária, produzir um livro de receitas, fazer compras no mercado para adquirir os ingredientes de uma receita, dentre outras, são atividades às quais o professor pode dar uma organização pedagógica que possibilite às crianças participar ativamente, e elaborar diversos projetos junto com a turma.

Atividades Físicas/Parque

Fanny Abramovich lembra-nos, com muito humor, o papel usualmente atribuído ao movimento nas nossas escolas: “Não se concebe que o aluno sequer possua um corpo. Em movimento permanente. Que encontre respostas através de seus deslocamentos. Um corpo que é fonte e ponte de aprendizagens, de reconhecimentos, de constatações, de saber, de prazer. Basicamente, possui cabeça (para entender o que é dito) e mão (para anotar o que é dito). Portanto, pode e deve ficar sentado o tempo todo da aula. Breves estiramentos, andadelas rápidas, podem ser efetuadas nos intervalos. No mais, os braços são úteis para segurar livros/cadernos/papéis e pés e pernas se satisfazem ao ser selecionados para levantar/perfilar/sair. E basta.” (ABRAMOVICH, 1998, p. 53) Na Educação Infantil, o principal objetivo do trabalho com o movimento e expressão corporal é proporcionar à criança o conhecimento do próprio corpo, experimentando as possibilidades que ele oferece (força, flexibilidade, equilíbrio, entre outras). Isto proporcionará a ela integrá-lo e aceitá-lo, construindo uma auto-imagem positiva e confiante. Para isso o professor deve proporcionar atividades, fora e dentro da sala de aula, onde a criança possa se movimentar. Alongamentos, ioga, circuitos, brincadeiras livres, jogos de regras, tomar banho de mangueira, subir em árvores... São diversas as possibilidades. O professor deve organizá-las e planejá-las, mas sempre com um espaço para a invenção e colaboração da criança. O momento do parque também assume uma conotação diferente. Não é apenas um intervalo para descanso das crianças e dos professores. É mais um momento de desafio, afinal, há aparelhos, árvores, areia, baldinhos e pás, pneus, cordas, bolas, bambolês e tantas brincadeiras que esses materiais oferecem. O professor deve estar próximo, auxiliando e estimulando a criança a desenvolver a sua motricidade e socialização, ajudando, também, a resolver os conflitos que surgem nas brincadeiras quando, porventura, as crianças não forem capazes de solucioná-los sozinhas.

Atividades Extra-Classe

(Interação com a comunidade)

A sala de aula e o espaço físico da escola não são os únicos espaços pedagógicos possíveis na Educação Infantil. Em princípio, qualquer espaço pode tornar-se pedagógico, dependendo do uso que fazemos dele. Praças, parques, museus, exposições, feiras, cinemas, teatros, supermercados, exposições, galerias, zoológicos, jardins botânicos, reservas ecológicas, ateliês, fábricas e tantos outros. O professor deve estar atento à vida da comunidade e da cidade onde atua, buscando oportunidades interessantes, que se relacionem aos projetos desenvolvidos na classe, ou que possam ser o início de novos projetos. Isto certamente enriquecerá e ampliará o projeto político-pedagógico da instituição, que não precisa ser confinando à área da escola. Pode haver até mesmo intercâmbios com outras instituições educacionais.

A Criança do Maternal



Esse período de idade é marcado pela transição da criança de sua condição de dependência para uma situação de relativa independência.

A construção de sua linguagem é algo ainda mais predominante e fundamental, pois as crianças estabelecem trocas diversas, experimentando condutas, ações e comportamentos, explorando objetos numa intensa atribuição de significados.

A fala do outro é incorporada a sua própria fala, num exercício de imitação, construção e reconstrução, onde as crianças revelam a busca da nomeação, classificação, conceituação para entender o mundo que a circunda.

A necessidade de manipulação e exploração de objetos diversificados deve ser antevista pelos educadores que não só poderão possibilitar acesso e uso de materiais como organizar espaços com variedades desses materiais dando opção de escolha a criança.

ALGUNS PRINCÍPIOS DO TRABALHO DE LINGUA ESCRITA NO MATERNAL

1- Toda criança tem uma forma de contato com a língua escrita mais ou menos intenso, antes mesmo de ingressar na escola.
2- A educação é um processo de formação que ser realiza a partir das experiências vividas pelo sujeito em interação com o mundo e com as pessoas.
3- A alfabetização é um processo e não se limita a momentos estanques da vida escolar da criança. Ela acontece desde seu nascimento, porque a criança está inserida em um mundo letrado.
4- Neste processo de apropriação de novos conhecimentos é importante desde o curso maternal que o aluno tenha acesso a palavra escrita para que ele possa refletir e construir sobre este código, apropriando-se desta noa maneira de ver o mundo.
5- A criança é o agente de seu próprio processo de aprendizagem, no qual o professor como mediador tem uma função importante.
6- Os rabiscos iniciais das crianças no maternal, são gestos gráficos fixados no papel e são essenciais na aprendizagem futura da leitura e da escrita.
7- Os contos de fadas podem e devem ser lidos e contados desde o curso maternal.
8- As crianças desde pequenas pensam sobre a escrita, quando estão imersas em um mundo onde há, com freqüência, a presença desse objeto cultural. Faça de sua sala de aula um ambiente alfabetizador.
9- A língua escrita não pode ser descontextualizada. A unidade de trabalho é sempre o texto, e o conteúdo a ser trabalhado é a adequação dos componentes da língua escrita nas diferentes circunstâncias de uso.

Fernanda Ferreira

PLANO ANUAL MATERNAL II

ÁREA: LINGUAGEM
Ambientes com músicas, conversas sobre o que está acontecendo ou vai acontecer, histórias e músicas cantadas são exemplos de estímulo.
A linguagem agora (2 a 3 anos), já mais desenvolvida deve ser explorada ainda mais. Perguntas sobre acontecimentos e comportamentos, reconto de
histórias, descrição de figuras, pequenas parlendas, músicas e teatro são formas de incentivo para isto.
O raciocínio acontece junto com a fala. Não parece, mas cada palavra que sai da nossa boca, primeiramente é processada em pensamento, ou seja,
primeiro se raciocina para depois falar. O processo, ao ser descrito parece lento, mas ao contrário acontece em uma rapidez de milésimos de segundos.
Muitas vezes notamos excitação ao falar, gagueiras e/ou timidez; estas atitudes podem estar ligadas a este processo. O desenvolvimento do raciocínio é lento e gradual, cabe ao adulto possibilitar e incentivar este processo. Ter paciência ao ouvir, sem interferir ou sugerir é uma das oportunidades que deve ser dada, além de conversar explicando cada acontecimento / ou situação ampliando assim o vocabulário da criança.
Objetivos:
- Ampliação do vocabulário
- Aumento da racionalidade ao elaborar frases
- Comunicação clara do pensamento
- Aquisição de fonemas corretos
- Interação através da linguagem (conversas informais, transmissão de avisos e recados, relatos de experiências, verbalização de idéias)
- Evolução da coerência da linguagem oral (complexidade do vocabulário/ nível de detalhes, relação entre eventos)
- Conhecimento das várias modalidades de linguagem (histórias, músicas etc.).
- Concentração, saber ouvir
- Desenvolvimento das possibilidades para resolução de “problemas”.
Eixos Conteúdo conceitual Conteúdo Procedimetal Conteúdo Atitudinal
Linguagem
Escrita
• Reconhecimento do próprio nome dentrodo conjunto de nomes do grupo
• Manuseio de materiais impressos, como revistas, livros, jornais, gibis, álbuns de figuras, poesia entreoutros;
• Atenção;
• Interesse;
• Conversar, brincar, comunicar e expressar vontades e necessidades;
• Esperar a sua vez para falar;
• Utilizar formas de intercâmbio social
convencionais: saudações, despedidas
Linguagem
Oral
Comunicação
Oralidade
• Argumentar suas idéias, relatar vivências e expor seu
ponto de vista em diversas situações;
• Relatar planejamento oral das atividades;
• Descrever lugares, objetos com ou sem ajuda;
• Utilizar a linguagem como instrumento para obter informações necessárias ao seu cotidiano;
• Reproduzir oralmente contos, histórias ou até mesmo
levar informações a outras pessoas.
• Reproduzir oralmente brincadeiras, jogos verbais,
canções entre outras.
• Comunicar situações relativas às suas vivências,
experiências e identidade pessoal
pedidos, agradecimentos entre outros;
• Respeito pela produção própria e alheia;
• Ouvir o outro
• Ler e ouvir histórias;
• Valorização da leitura como fonte de prazer e
entretenimento;
• Cuidado no uso de livros e demais materiais
escritos;
• Expor sentimentos, desejos e necessidades,
utilizando-se da linguagem oral para melhorar
a qualidade de suas relações pessoais

ÁREA: MATEMÁTICA
A matemática é constante na nossa vivência diária: que dia é hoje; quantos somos na classe, no lanche; “-me dá um potinho?”. Se prestarmos atenção,
falamos matematicamente quase todo o tempo. É intrínseco.
A criança de dois/três anos já consegue nomear algumas cores, identifica algumas formas e começa com noção de quantidade. Nesta fase já entende quando
um tem mais que o outro, mas somente se a diferença visual for grande. Momentos divertidos, jogos que estimulem a comparação são propiciados. Os jogos
incentivam o raciocínio, o trabalho em grupo, etc.
A culinária pode ajudar muito neste objetivo; quantas colheres, uma ou duas xícaras, quanto tempo foi necessário para assar (muito ou pouco) e assim por
diante.
O objetivo é conviver em um ambiente propício para que interajam com a matemática.
Objetivos:
- Jogos de pareamento de cores / de quantidades / das formas geométricas
- Correspondências entre elementos,
- Contagem na roda de presentes e ausentes e registro no quadro de chamada,
- Classificação (Agrupamento)
Vivências concretas para notar e verbalizar diferenças entre, por exemplo:
Pesado / leve Dentro / fora Cheio / vazio Maior / menor
Igual / diferente Grande / pequeno Macio / áspero Entre outros
- Trabalhar com jogos e experiências concretas, nomeando e questionando.
Eixos Conteúdo conceitual Conteúdo Procedimetal Conteúdo Atitudinal
Números e
sistema de
numeração
- contagem oral;
- número (conceito social),
- utilizar a contagem no cotidiano;
- utilizar noções de divisão no cotidiano;
- resolução de problemas;
- quantificação;
Grandezas
e Medidas
- medida de tempo (rotina);
- medida de tamanho
- medida de peso
- utilizar medidas não convencionais para comparar e estabelecer relações
entre medidas e tamanhos;
- construir a noção temporal a partir da rotina,
- utilizar medidas para preparo de receitas
- comparação de objetos e tamanhos;
- comparação de medidas;
Espaço e
Forma
- noção espacial;
- esquema corporal (partes do
corpo);
- figuras geométricas e
diferentes formatos dos objetos
- identificar pontos de referência para situar-se e deslocar-se no espaço;
- descrever a posição de pessoas e objetos,
- reconhecer as formar geométricas e suas características
• Observar os colegas do
grupo ao dividir
alimentos e brinquedos

ÁREA: NATUREZA E SOCIEDADE
Já domina muito bem o andar e já tem domínio para correr. Reconhece e nomeia algumas partes do seu corpo. Consegue distinguir pessoas e animais em
fotos e figuras interagindo de maneira mais efetiva através da fala. Seu contato com a natureza, é bastante curioso e destemido, os poucos momentos de
medo são normais da idade e ainda falta de contato.
Objetivos:
- Contato físico com outras pessoas (coetâneas ou não), comparando as diferenças e semelhanças físicas: altos/ baixos, loiros/ morenos, gordos/ magros,
adultos/ crianças
- Identificar o corpo humano
Necessidades do corpo (alimento, água, ar, calor, luz)
- Socialização de idéias e objetos
- Aprender a conviver
- Brincadeiras simbólicas
- Sensibilidade corporal. Alguns materiais em contato com o corpo da criança podem proporcionar experiências de conhecimento
- Noção do crescimento do seu corpo. Ex: seqüência de crescimento, bebê e agora. Proporcionar comparações entre figuras
Identificação da sua família (pai, mãe e irmãos), e da família ampla (tios, avôs e etc.)
- Contato com a natureza através de cuidado com as plantas e animais
- Identificação de diferentes animais, suas características como locomoção, voz, habitat, tamanho, cor, suas necessidades, como é o seu corpo
- Conhecimento das instalações e pessoas da escola;
- Contato com fenômenos climáticos, como: dia/ noite
dia nublado/ ensolarado, chuvoso
Calor/ frio
Sol/ lua/ estrela/ nuvem
Identificando os tipos de vestimentas para as ocasiões.
- Perceber a importância da alimentação saudável, da mastigação e da higienização dos alimentos.
- Saúde:
Escovação (função dos dentes e a necessidade de mantê-los limpos); Alimentação
Vestimenta; Higiene e integridade física.
Eixos Conteúdo conceitual Conteúdo Procedimental Conteúdo Atitudinal
Organização
dos grupos e
seu modo de
ser, viver e
trabalhar
Grupos sociais - hábitos,
tradições e costumes, valores,
diferentes culturas, históricos,
de gerações: família,
instituições, comércio, amigos,
localizações.
Reconhecimento de
semelhanças e diferenças de
cada grupo; indagar e
reconhecer relações de
mudanças e permanências nos
costumes
.
Fenômenos da
natureza
Seca, chuva, clima, vulcões,
furacões, tempestades, posição
do sol
Relacionar os fenômenos da natureza em diferentes regiões, as formas
de vida dos grupos sociais que ali vivem; observar e pesquisar sobre a
ação da luz, calor, som, força e movimento.
Respeito às diferenças existentes;
valorização do patrimônio cultural.
Atribuir significado a eventos
sociais, como datas comemorativas.
Consciência do corpo na natureza,
observando sua sombra.
Preservar sua saúde, protegendo-se
dos efeitos climáticos: usar protetor
solar, agasalhar-se no frio, tirar a
blusa no calor etc.
Respeito, preservação e cuidado à
vida e ao meio ambiente; prevenção
de acidentes; cuidados com o seu
corpo e o corpo do outro e a saúde
de forma geral.
Seres Vivos Ser humano; fauna; flora
Diferenças, características e
necessidades vitais de
diferentes espécies de seres
vivos;
Sexualidade – o corpo e
gêneros;
Conhecer o funcionamento do corpo;
Perceber os cuidados à preservação da vida e do meio ambiente;
reconhecer as necessidades de cuidados básicos de pequenos animais e
vegetais por meio de observação e cultivo;
Os lugares e
suas
paisagens
Paisagem local: temas
relacionados ao relevo, ao
clima, a água salgada e doce;
construções, meios de
transporte e de comunicação; a
vida no campo e na cidade.
Perceber, reconhecer e relatar os elementos que compõem a paisagem
do lugar onde vive e suas modificações de acordo com sua
necessidade; interação com a natureza; estabelecer relações entre os
temas tratados e seu cotidiano, vinculando aspectos sociais e naturais
Objetos e
processos de
transformação
Exploração de diferentes objetos – causa e efeito;
Participação em confecção de objetos; conhecer as relações entre os
seres humanos e a natureza e as formas de transformação e utilização
desses recursos; solução de problemas.
Experiências, decomposição do lixo, horta, reciclagem e coleta seletiva
Preservação da vida e do meio
ambiente;
Preservação dos espaços coletivos e
do meio ambiente.
Cuidados no uso dos objetos do
cotidiano e relacionados à
segurança e preservação de
acidentes e a sua conservação;
evitar desperdícios.

ÁREA: MOVIMENTO
A criança desta faixa etária já caminha com destreza, já iniciou suas experiências e a exploração de tudo ao seu redor continua acontecendo. A
independência do andar leva-a para todas as partes, porém sua estabilidade de equilíbrio e noção espacial ainda está sendo desenvolvida.
O equilíbrio ainda é pouco, a criança se esbarra por todos os lados e ainda cai com facilidade. A postura correta do corpo ao andar ou correr esta
sendo apreendida. Aliado a isto explora com as mãos objetos menores e se mostra capaz ao início da preensão.
Devemos recordar que o desenvolvimento físico, afetivo e emocional deve ser global e harmônico, e que toda atividade / conversa / orientação deve
ter este objetivo.
A motricidade / linguagem / raciocínio e autonomia, caminham juntos. Quando se trabalha um o outro também é “contemplado”.
Objetivos:
- Mímica, dramatizações gerais/imitações
- Identidade
Acompanhamento de objetos em movimento pelo chão, ar e etc.
Soprar papéis, isopor, bolinhas, bolhas de sabão, apitos e bexigas.
- Bater palmas em ritmos e intensidades diferentes (batuques na mesa)
- Brincar com jogos de encaixe e construção
- Brincar com barbantes e corda (equilibrista, pular corda e etc)
- Enfiar contas, canudinho, botões em fio de nylon ou barbante.
- Criar situações para explorar o movimento de “pinça”
- Explorar movimentos de língua e lábio (exemplo: imitando cavalo ou peixe, fazendo caretas e etc)
- Brincadeiras que envolvam músicas e movimento, simultaneamente
- Brincadeiras que envolvam movimentos de toque corporal
- Jogos que propiciem o domínio temporal e espacial do corpo
- Exercícios propícios para ampliação da motricidade de:
Correr, trepar, pular, saltar, escorregar, dançar, engatinhar, arrastar-se, balançar-se e equilibrar-se.
- Acompanhar objetos sem mover a cabeça
- Modelagem e dobradura
Eixos Conteúdo conceitual Conteúdo Procedimetal Conteúdo Atitudinal
Expressividade • Brincadeiras de Roda
• Manifestações culturais
• Ritmo
• Utilizar movimentos nas brincadeiras de roda, nas
danças;
• desenvolver recursos expressivos;
Equilíbrio e
coordenação
• Coordenar habilidades motoras ao engatinhar, pular,
correr e saltar entre outros;
• Utilizar habilidades manuais em diversas situações;
• Equilíbrio corporal,
• Lateralidade (explorar diferentes posições com o corpo
e objetos)
• confiança em seus
movimentos
• Valorização das diferentes
• Manifestações culturais;
• Respeito e colaboração
• Saber lidar com os limites e
com as possibilidades com
seu corpo;
• Utilizar os gestos, posturas
e ritmos para expressar e
comunicar sensações,
sentimentos pessoais, idéias.
ÁREA: MÚSICA
A nossa cultura é rica em cantigas e brincadeiras afetivas onde o contato corporal é um dos conteúdos trabalhados. As brincadeiras de roda tradicionais é um
dos exemplos de atividades que podem ser feitas com as crianças no intuito de favorecer as noções de ritmo e espaço individual e coletivo. A linguagem é explorada todo o tempo e a ampliação da mesma é um dos maiores enfoques do trabalho musical, além disso, propicia a socialização, reconhecimento de si
(músicas de tocar-se), autonomia na criação de movimentos, e noção corporal.
Objetivos:
- Desenvolver a linguagem oral e gestual
- Trabalhar a sensibilidade pela música
- Conhecimento de diversas formas de expressão musical e diversos estilos (explorando mais especificamente as músicas clássicas, nacionais e folclóricas)
- Desenvolver o conhecimento corporal
Eixos Conteúdo conceitual Conteúdo Procedimetal Conteúdo Atitudinal
O fazer
musical
Percepção rítmica
Instrumentos convencionais e
instrumentos de sucata
Reconhecer e utilizar diferentes ritmos e sons em
contextos musicais
Organizar e relacionar sons e silêncios
Escolher instrumentos
Apreciação
musical
Manifestações sonoras
Obras musicais
Utilizar os sons em brincadeiras em jogos cantados
e rítmicos
Observação e descoberta dos sons
Cantar
Saber escutar
Participação
Concentração
Valorizar e respeitar a música como
produto cultural do ser humano
Participação
ÁREA: ARTES
A expressão através da arte é uma conquista pré-histórica, ela oportunizou comunicações daquela época ao homem de hoje. O desenho, a pintura, a criação, a
construção são formas iguais de interação social; comunicam sentimentos. A proposta de trabalhar com artes visuais no Maternal II é permitir à criança
pequena o contato com diversos materiais que podem ser explorados e usados como expressão livre do pensamento.
Objetivos:
- Atividades artísticas :
Massinhas diversas, experiências com areia (ou barro) e água, desenho sobre diversos tipos de papel (inclusive celofane e lixa), pintura (de dedos, com
rolo e pincel), colagem (papel, tecido, sucata, folhas, lã e etc), mosaico, recorte e colagem, rasgadura, dobradura, moldagem (massinha pronta ou de farinha e
argila), confecção de jogos e brinquedos com sucatas, confecção de máscaras e fantasias, confecção de maquetes etc.

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