terça-feira, 22 de junho de 2010

PARECER DESCRITIVO

1. ÁREA SÓCIO-AFETIVA

Comentar sobre o período de adaptação: Com quem ficou no primeiro dia? Como ficou? Como evoluiu? Mostra dependências? Usa apoio de objetos? Toma mamadeira, chupa bico?

Relacionamento: com a professora, colegas e funcionários. Participa de atividades propostas pelo professor?

Funcionamento no grupo: É aceita? Rejeitada? Isola-se? Lidera? É agressiva? Demonstra preferência por colegas? Coopera com o grupo? É capaz de ouvir os outros? Tem cacoetes?

Tolerância às frustrações: perder e ganhar, acertar e errar.

Controle esfincteriano resolvido?

Brinquedo: com o que prefere brincar na sala e no pato? Como brinca (sozinho, com o grupo em pequenos grupos, com companheiro)?

Autonomia: Está organizado na rotina? Aceita regras, cumpre combinações? Espera a decisão dos outros para tomar a sua? Tem condições de escolher e recusar-se ao que não quer? Envolve-se em conflitos? Como os resolve? Encontra suas próprias respostas? Explica seus pensamentos?

2. ÁREA PSICOMOTORA

Esquema corporal: domínio e conhecimento de seu corpo, imagem corporal. Lateralidade.

Motricidade ampla: ritmo de ação – rápido, lento, acompanha o grupo, não consegue parar, precisa de estimulação, tem freio inibitório. Desempenho com bolas, cordas, rodas cantadas, movimentos.

Coordenação motora: rola sobre o corpo, engatinha, vira cambalhota, sobe e desce escadas, pula.

Motricidade fina/visomotricidade: coordenação – abotoa, dá nós, faz laços. Preensão do lápis. Colore dentro de limites. Enfia contas, amassa papeis. Modelar, rasgar, amassar, picar, alinhavar, recortar. Manusear talheres. Acerta alvos, copia figuras.

3. ÁREA COGNITIVA

a) Desenvolvimento da linguagem compreensiva e expressiva:
Comunica-se com clareza, expressando de modo organizado seu pensamento? Tem vocabulário adequado à idade? Compreende comunicações verbais? Quando fala, gagueja ou troca letras? Quando relata fatos, fala muito rápido, muito devagar? Relata em seqüência? Relata sempre os mesmos fatos, coisas imaginárias? Assopra balão, velas e assovia? É expressivo ao falar? Manifesta suas emoções?

b) Construção da representação:
1. Gráfica: descrever o desenho da criança, caracterizando a etapa em que se encontra (garatuja, garatuja ordenada, representação completa ou incompleta da figura humana, etc).
2. Escrita:
Mostra interesse por escrita? Observa livros? Representa letras e números? Escreve seu nome? Identifica nomes de colegas escritos? Em que etapa da alfabetização se encontra (pré-silábica, silábica, silábica-alfabética, alfabética)?

c) Expressão através de artes plásticas, danças e dramatização:
É mais expressivo em alguma dessas formas? É criativa? Apresenta soluções originais? Usa recursos variados? É inibida? Prefere papéis sem destaque? Brinca de faz de conta?

d) Desenvolvimento perceptivo:
Visão, audição, tato, olfato e paladar.

e) Atenção:
Condições de atenção e concentração em brincadeiras e atividades, condições de perseverar na tarefa.

f) Memória:
Condições de memorização de canções, versos e brincadeiras.
Observações sobre memória visual e auditiva.

g) Experiências lógico-matemáticas:
Noções de espaço-tempo, conservação de quantidades, de seriação e classificação.
Identifica propriedades, atributos de cor, forma, etc.
Encontra soluções para resoluções de problemas?
Reconhece numerais?
Relaciona número e quantidade?



- OUTRAS OBSERVAÇÕES, COMO BRINCADEIRAS PREFERIDAS, DESEMPENHO NAS AULAS EXTRAS, ETC.

- ENCERRAMENTO: SUGESTÕES DE ATIVIDADES QUE A FAMÍLIA POSSA DESEMPENHAR COM A CÇA EM CASA, NAS FÉRIAS, ETC.

Sugestões para preenchimento do relatório

Observações:

É importante considerar, na construção do relatório os seguintes critérios:

• A avaliação deve ser sempre enfatizar os avanços e não apenas os fracassos. Registrar o que o aluno conseguiu e em que progrediu;
• Valorizar e registrar o desenvolvimento sócio-afetivo como: participação, solidariedade, posicionamento, sentimentos;
• É preciso registrar a participação do aluno nos projetos desenvolvidos no bimestre;
• Deve-se proceder relação com o registro anterior;
• Diversificar a redação de um aluno para o outro, buscando se fiel em suas colocações.

Sugestões para iniciar relatórios

• Com base nos objetivos trabalhados no bimestre, foi possível observar que o aluno...
• Observando diariamente o desempenho do aluno, foi constatado que neste bimestre...
• A partir das atividades apresentadas, o aluno demonstrou habilidades em...
• Com base na observação diária, foi possível constatar que o aluno...


Desenvolvimento cognitivo

• O aluno demonstra um ótimo aproveitamento na aquisição da leitura e escrita.
• O aluno apresenta bom desenvolvimento no processo de aquisição da leitura e da escrita.
• O aluno está desenvolvendo-se gradualmente no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
• Encontra-se em desenvolvimento no processo de aprendizagem da leitura e da escrita.
• Tem um bom desenvolvimento cognitivo, mas apresenta dificuldades na leitura, contudo com a realização da recuperação paralela tem apresentado avanços importantes.
• Lê com fluência qualquer tipo de texto, fazendo conexões com a realidade.
• Lê e interpreta os textos trabalhados em aula sem maiores dificuldades.
• Lê com alguma dificuldade, mas demonstra interesse e esforça-se em aprender.
• Escreve, ordena e amplia frases, formando textos coerentes e lógicos.
• Produz frases e pequenos textos com criatividade e entendimento.
• Constrói o conceito lógico-matemático, realizando cálculos com as quatro operações matemáticas.
• O aluno tem especial interesse nas atividades matemáticas.
• Realiza cálculos simples de adição e subtração.
• Realiza cálculos com auxilio de material concreto.
• É curioso, questiona e busca informações.
• Traz para a classe informações de fontes diversas como: radio, tv, jornais e etc.
• Compreende as relações existentes entre os elementos do meio ambiente.
• Compreende a importância da preservação do meio ambiente para o futuro do nosso planeta.
• Adota hábitos de cuidados com o corpo e com o ambiente.
• Nas atividades orais demonstra desenvoltura ...( ou inibição)
• Ocasionalmente troca letras
• Constrói frases criativas e elabora pequenos textos com linguagem e ilustrações significativas;
• Expressa o que pensa relatando, argumentando, avaliando, relacionando, ordenando, generalizando, concluindo...;
• Expressa a escrita representando idéias através de rabiscos, pseudo letras e outros símbolos
• Lê com fluência vários tipos de textos interpretando-os;
• Produz textos escritos com clareza, coerência e coesão;
• Identifica e escreve seu nome completo;
• Observa, descreve, analisa e sintetiza gravuras, reportagens e textos;
• Apresenta dificuldades ortográficas
• Identifica e escreve seu nome completo
• Ainda não faz relação entre o que fala e escreve


Participação- convívio social

• Participa com interesse e produtividade.
• Boa participação nas atividades realizadas em sala.
• Participação tímida nas atividades em sala, embora tenha bom relacionamento com os colegas em classe.
• Demonstra atitudes críticas diante de acontecimentos conflitantes.
• É criativo e comunicativo.
• Coopera com colegas e professora.
• O aluno demonstra interesse nas atividades propostas embora não tenha autonomia para realizá-las sem o apoio da professora.
• Ouve, reproduz e transmite textos oralmente como histórias, recados, noticias entre outros.
• Demonstra curiosidade em relação aos assuntos estudados.
• É cuidadoso e rápido na execução das atividades desenvolvidas.
• Aceita sugestões da professora e dos colegas.
• Manifesta suas opiniões com clareza e objetividade.
• Contribui para a integração e o crescimento do grupo;
• Demonstra inquietude e geralmente se envolve em questões referentes aos colegas;
• Ainda não aceita as regras convencionadas pelo grupo;
• Colabora na construção de regras;
• Interage com o grupo, ouvindo, respeitando e se posicionando;
• Tem um bom relacionamento com os colegas e mostra-se sempre pronto em ajudar;

“Todas as maravilhas que você precisa estão dentro de você.”
(Sir Thomas Browne)
• Reconhece as relações entre fala e escrita;
• Explora várias formas de linguagens e diferentes tipos de suporte textual para ampliação de informações;
• Ouve historias e comentários valorizando impressões afetivas;
• Lê e escreve textos desenvolvendo a compreensão do sistema alfabético, utilizando a escrita de acordo com as concepções e hipóteses que possui no momento;
• Produz textos individuais e coletivamente, utilizando gestos, desenhos, sons movimentos e palavras;
• Distingue a língua escrita da língua oral;
• Demonstra compreensão do sistema alfabético;
• Lê silabicamente palavras, formadas por grupo de silabas compostas por vogal e consoante;
• Produz frases com lógica;
• Produz pequenos textos sem preocupação ortográfica;
• Distingue letras na linguagem oral e escrita;
• Encontra-se na fase pré-silabica, começando a diferenciar letras de números, desenhos ou símbolos.
• Percebe que as letras são para escrever porem ainda não sabe como isso se processa;

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo ...
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Atividades para Copa do Mundo

Em ano de Copa torna-se impossível desenvolver projetos e/ou seqüências de atividades que fujam do assunto. Em nosso país o futebol mobiliza: o brasileiro para, vibra, debate e chora.
Levando em consideração que a pedagogia de projetos parte dos interesses e necessidades dos alunos, a Copa do Mundo, sem dúvidas, é um tema rico em possibilidades. Devemos aproveitar toda essa mobilização para dar mais sentido às aulas, trabalhando de forma interdisciplinar e abordando temas atuais e transversais como: Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Trabalho e Consumo, o que permitirá que as crianças descubram diferentes culturas, conheçam várias etnias, valorizando-as e respeitando-as.

Para tanto, é fundamental:
  • Copa  do  MundoRepudiar a discriminação baseada em diferenças de raça, religião, classe social, nacionalidade e sexo.
  • Estimular a pesquisa, fazendo com que os alunos busquem curiosidades e informações sobre os países participantes da Copa.
  • Identificar as regras disciplinares que envolvem a organização do time e comparar com as regras do dia a dia, na escola e Sociedade.
  • Desenvolver o senso crítico em busca de soluções a curto e longo prazo, usufruindo da competição para promover reflexões, interpretações e argumentações.
  • Explorar diferentes meios de comunicação, levando jornais, revistas, músicas, filmes, noticiários e internet para sala de aula.
  • Aproveitar a oportunidade para que as crianças lidem com a frustração – o ganhar e o perder, encarando como fato natural. Muitas vezes aprendemos mais com as derrotas do que com as vitórias.
  • Valorizar o espírito de equipe nas atividades propostas.
É urgente colocar sentimento e esperança, ousadia e inovação, entusiasmo e paixão no ato de educar. Por isso, basta usar a criatividade e o segundo semestre escolar, baseado no projeto Copa do Mundo envolverá a comunidade, desenvolvendo a construção de conhecimentos pautados na vida real.
Nos projetos, os professores e alunos interagem na organização dos conhecimentos, eles aprendem juntos. Os alunos situam-se diante da informação a partir de suas próprias possibilidades e recursos. O aluno descobre que não se aprende somente na escola e que o professor não é dono da verdade absoluta e que aprender pode ser muito divertido.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria.”
(Paulo Freire)

Créditos: Projetos Pedagógicos Dinâmicos





















domingo, 23 de maio de 2010

Como lidar com o luto infantil

Achei pertinente ao momento que estaremos passando.. segue algumas materias relacionadas ao assunto.

Graziela Zlotnik Chehaibar *

Esconder e inventar histórias sobre morte para as crianças não é melhor forma de evitar a tristeza ou a confusão pela perda de um ente querido.

Constantemente as crianças estão em contato com filmes, noticiários ou mesmo desenhos nos quais, de alguma forma, o falecimento entra como assunto. Mesmo assim, muitos pais, parentes ou amigos tentam proteger os pequenos da tristeza escondendo ou contando histórias "amenizadoras¨, o que pode gerar problemas futuros.

É comum que a criança se sinta triste com a perda de um ente querido, e isso pode durar algumas semanas, já que além da perda ela também pode ser sentir um pouco desprotegida, pois seus parentes também estão tristes reservando menos espaço para seus cuidados. Passado este período de ¨luto¨ a criança se prepara novamente para sua rotina, mas pode continuar triste, com saudade da pessoa que faleceu, até achando que ela irá voltar. Por isso é importante que não se esconda da criança o que realmente aconteceu.

Inventar histórias como ¨foi viajar¨, pode deixar a criança muito confusa. Ela cria a expectativa de que a pessoa irá mesmo voltar e se sente frustrada quando percebe que foi enganada e pode também vir a não aceitar a verdade.

A reação da criança frente à perda está totalmente relacionada à maneira como as pessoas mais próximas abordam o assunto. Com a morte de um ente querido a criança se sente vulnerável, acha, por exemplo, que se perdeu o pai também perderá a mãe, e assim por diante. Por isso é importante que ela tenha espaço para exprimir seus sentimentos, seus desejos, deixando a critério dela, por exemplo, a ida ao velório.

A idade também é um fator predominante no entendimento da criança. As pequenas entendem a morte como algo que acontece só com as outras pessoas e quando acontece, por exemplo, na sua família, ela acredita que é reversível, que a pessoa voltará. Só a partir dos 10 anos ela passa a entender a perda como realmente é de fato. Mesmo que a idade não permita que a criança entenda direito a perda, a conversa sobre a morte de um ente querido deve ser clara e sem mentiras.

Abrir um espaço de conversa para expor à criança que a morte não é um castigo, mas sim um acontecimento natural é muito importante. Muitos se culpam pela situação, ¨minha avó morreu porque eu briguei com ela¨. Por isso, mostrar aos pequenos que nossa existência é finita e que todos irão morrer um dia também pode ajuda-lo na compreensão da perda.

O tempo é um grande aliado para que a perda seja assimilada e aceita. Quando o tempo passa e as mudanças no comportamento não se modificam como: tristeza, medo, sentimento de culpa, desejo de isolar, excesso ou ausência de sono, cansaço, dores, desinteresse, ansiedade e outros fatores que podem prejudicar seu relacionamento, na escola ou com os amiguinhos, é importante que se busque ajuda de um profissional para elaborar o luto da melhor forma possível.

Anjos da guarda para enlutados

As psicólogas natalenses Millena Câmara e Christine Campos são especialistas em psicoterapia para pessoas enlutadas e fizeram parte da equipe que trabalhou junto aos familiares das vítimas do maior acidente aéreo da história do Brasil, que ocorreu durante a aterrissagem de um airbus, na cidade de São Paulo, no dia 17 de julho deste ano. As especialistas passaram uma semana na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, prestando assistência psicológica à diversas pessoas ligadas emocionalmente às vítimas. Na semana em que estiveram em Porto Alegre, outros sete psicólogos faziam parte do grupo, realizando atendimentos com aqueles que chegavam ao aeroporto ou, por solicitação, nas residências de algumas famílias. ‘‘Foi montada uma equipe inicial e o grupo é modificado a cada semana. Eu fui quando o primeiro grupo saiu, na segunda semana após o acidente’’, explicou Christine. Millena acredita que esse trabalho foi essencial para quem convivia com as vítimas, porque em uma situação de tragédia, a dificuldade de lidar com a dor da perda de alguém querido se mistura aos sentimentos de solidão, injustiça, revolta e raiva. Então, é muito importante encontrar alguém disposto a parar para ouvir, apoiar e orientar, principalmente nos primeiros momentos, quando ainda estão procurando o corpo, os pertences, organizando o enterro. ‘‘A gente chega diante de uma situação de tragédia e encontra as pessoas fragilizadas, com demandas muito variadas. O atendimento aos familiares das vítimas do acidente do avião foi uma situação emergencial e o que a gente podia oferecer era apoio, para ajudá-los a organizar um pouco a vida deles no meio daquele caos todos. Eu me senti muito privilegiada por ter sido chamada, além de ser um reconhecimento do trabalho desenvolvido aqui no Nordeste. Tenho certeza de que voltei uma pessoa diferente’’, revelou Millena.

Comportamento muda, é muito normal De acordo com as especialistas, é natural haver uma modificação no comportamento diante de um evento estressante, mas com o tempo, a dor passa a ser sentida com menor intensidade e o apoio psicológico auxilia na aceitação da existência dessa dor, que é o primeiro passo para o enlutado elaborar e passar a conviver com a perda. A orientação é importante, principalmente, quando o próprio enlutado percebe que a mudança passou a afetar seu trabalho e relações interpessoais. ‘‘As pessoas ficam muito ansiosas e se queixam por estar há um ou dois meses com alterações significativas. Chegam dizendo que não estão normais, querendo amenizar o que estão sentindo, às vezes até um remédio para tirá-las daquela dor. Mas elas precisam ter a clareza de que isso é um momento, um processo, no qual a tendência é ir trabalhando e avançar’’, esclareceu Christine.

Para as psicólogas, a maior ajuda que os familiares e amigos podem oferecer é respeitar o luto do outro, sem incentivar ou condenar comportamentos, dando liberdade para que ele passe pelo processo da forma mais confortável para si. As especialistas lembraram que não existe uma receita pronta, capaz de garantir rapidez nesse processo. ‘‘A gente precisa estar junto, se disponibilizar, respeitar a dor e a necessidade de expressão do outro. Cada um sabe o próprio limite e a pessoa só pode ser ajudada se estiver disposta a aceitar essa ajuda’’, esclareceu Millena.

Luto provoca reações diversas O processo de luto provoca reações que variam por diversos motivos, como personalidade, suporte social e tipo de ajuda que o enlutado recebe. De maneira geral, é comum provocar choro, agressividade, depressão, dificuldade de concentração, alterações nos padrões alimentar e de sono, além da queixa de não ver mais graça em nada. Essas reações podem ser confundidas com depressão e ocorrem porque a visão de mundo se modifica drasticamente.

Segundo Christine, nesses momentos de sofrimento, a religião também pode ser uma forma de auxílio na busca de respostas, que variam de acordo com a crença de cada um. A especialista disse que ‘‘a espiritualidade vem para o que a razão não domina’’ e, dessa forma, um maior contato com o lado espiritual pode dar um suporte importante para o significado que será atribuído à perda, ajudando a criar novas estratégias para seguir em frente.

Christine finalizou falando de uma forma poética sobre o que sente com relação ao seu trabalho junto aos pacientes. Para ela, é como ver uma borboleta saindo do casulo. ‘‘A gente pega aquela ‘borboletinha’ com tanta dificuldade e acompanha, dando suporte para que ela possa ‘voar’ sozinha’’, comparou.

Um mecanismo de defesa

Apesar de ser mais usual encontrar pessoas que estão sofrendo devido a perdas recentes, algumas circunstâncias podem provocar uma mudança nesse padrão. Christine Campos explicou que, como forma de defesa, algumas pessoas ‘‘adiam’’ o processo. A particularidade desse comportamento é que, quando a pessoa encara o luto, ele vem com uma intensidade muito maior e acompanhado das chamadas reações de luto complicado. ‘‘Eu já atendi uma mulher que perdeu o marido e, como precisava cuidar sozinha de três filhos pequenos, decidiu apoiá-los e não chorou o quanto gostaria. Quando ela chegou para a terapia, já fazia 10 anos que o marido tinha morrido, mas ela sentia tudo tão intensamente que alguém que não conhecesse a história poderia pensar que ela tinha ficado viúva há dois dias’’, exemplificou Christine.

Por outro lado, o luto pode ser antecipado, ocorrendo quando a morte ainda não chegou, mas as pessoas já estão enlutadas. Na maioria das vezes, esse sentimento surge nos familiares, amigos e nas próprias pessoas que sofrem com uma doença grave. Nessas situações, existe a possibilidade de resolver questões importantes, como forma de despedida e parece haver uma melhor aceitação do que em incidentes onde a perda ocorre de uma forma repentina. Por exemplo, se um jovem acredita que vai deixar a esposa com filhos ainda pequenos, o casal pode tomar decisões importantes em conjunto, como a casa onde ela vai morar e se os filhos vão continuar na mesma escola ou não. ‘‘Esse processo é muito importante, tanto para quem parte, quanto para quem fica’’, destacou Christine. É frequente, também, surgir o sentimento de culpa pela perda e a idéia de que o enlutado tomou alguma atitude errada, o que pode vir a provocar uma auto punição. Outras vezes, a tendência pode ser a de punir a equipe que cuidou daquela pessoa tão querida, ou mesmo a Deus, passando a dizer que se Deus existisse não teria deixado aquilo acontecer.

Entretanto, a culpa prolonga a dor. ‘‘Isso é porque temos um mundo presumido e, quando tudo funciona, tendemos a achar que a vida é ótima e não somos vulneráveis. Então, no momento em que uma perda ocorre, vemos que aquilo também pode nos afetar’’, completou Christine.

Iniciativa é pioneira no RN

A psicóloga Millena Câmara participa de uma iniciativa pioneira no Brasil, que consiste em um trabalho de apoio psicológico aos familiares que utilizam o serviço de um grupo funerário. O serviço é oferecido gratuitamente para os clientes do grupo, que solicitam o acompanhamento. É realizado em grupo, por meio de palestras e discussões de temas relacionados à morte, em 12 encontros por ano.

Desde o ano passado, o acompanhamento foi extendido aos funcionários, com um trabalho de treinamento para lidar com morte e luto, onde é vista a questão técnica e a emocional, do lidar constantemente com o processo.

Educação para a morte

O Projeto Educação Para a Morte é desenvolvido pelas duas psicólogas em escolas, abrindo espaço para discutir temas relacionados à morte, como as dificuldades vivenciadas ao lidar com a perda, além de preparar os professores para tratar do assunto em sala de aula. ‘‘A responsabilidade da escola na formação do cidadão é muito grande’’, lembrou Millena.

As psicólogas trabalham no sentido de diminuir a dificuldade cultural e familiar de lidar com a morte, que faz com que as pessoas reprimam os sentimentos e não aceitem a perda. Millena Câmara acredita que discutir o tema é um passo importantíssimo. ‘‘O sexo era um tabu enorme. No tempo dos nossos pais e avós, ninguém falava sobre sexo. Eu acredito que se a semente for plantada, futuramente a morte poderá ser discutida de uma forma muito mais saudável, ajudando a lidar com o luto, quando ele chegar’’, comparou Millena.

Dentro do projeto, elas trabalham junto aos professores e aos pais, para que sejam abertos canais de diálogo com as crianças e adolescentes, fazendo com que esses indivíduos possam ser adultos saudáveis, capazes de elaborar o luto e vivenciar a perda da melhor forma possível. ‘‘Afinal, educar para a morte é também educar para a vida’’, disse Christine.

Crianças têm que ser orientadas Na nossa cultura, a morte não é um assunto bem aceito e existe uma enorme dificuldade em falar sobre isso, principalmente com as crianças, porque os adultos acreditam ser um assunto muito sério e dão a impressão de esquecer que elas também sentem o luto. Além disso, os adultos têm muita dificuldade em ver uma criança sofrendo. ‘‘A primeira coisa que a gente faz é pegar no colo, dar algo que ela quer, qualquer coisa para que a criança pare de chorar, só que isso reprime muito a expressão dela. Temos que lembrar que criança é um ser humano e sofre também’’, completou Millena Para que os pequenos possam encarar a morte como um evento natural é preciso que os pais sejam honestos ao falar sobre a perda de alguém querido. Também nessa hora, os questionamentos devem ser respondidos de forma verdadeira, delicada e simples, em uma linguagem compatível com a idade da criança. Se houver alguma dificuldade de diálogo, os adultos podem utilizar livros infantis ou contar histórias vividas pelos pais, ou outra pessoa próxima, do tempo em que também eram crianças, como forma de fazer o filho concluir que, se aquele adulto superou um momento difícil, ele também será capaz. De acordo com as psicólogas, é imprescindível a criança entender que não será mais possível conviver com aquela pessoa. As especialistas sugeriram que durante a conversa, a palavra morte pode ser utilizada naturalmente, e para que a criança não fique confusa, os pais não devem dizer que aquela pessoa ‘‘virou uma estrelinha’’, ‘‘virou um anjinho’’ ou ‘‘fez uma viagem’’. ‘‘Os adultos devem entender que não existem respostas prontas e que precisam ser honestos, não tendo medo de errar e ir desenvolvendo as respostas à medida em que as crianças vão perguntando’’, explicou Christine.

Dificuldades para voltar a rotina

Uma queixa frequente de quem está passando por um processo de luto é o fato de haver sempre alguém por perto e disposto a ajudar, durante a primeira semana após a perda. Nesse período, o pensamento dos amigos é que a pessoa precisa deles e não pode ser deixada sozinha, já que está muito triste. O problema é que aqueles amigos costumam ‘‘sumir’’ logo após a missa de sétimo dia. Dessa forma, os enlutados começam a se sentir sozinhos, diferentes, como se não tivessem espaço, nem com quem compartilhar a sua dor, uma vez que a rotina das outras pessoas foi retomada.

Outra dificuldade que acompanha as pessoas em luto é o fato de que, na tentativa de ajudar, alguns amigos podem fazer comentários impróprios, por não conseguir se colocar da maneira adequada. Dessa forma, perguntas como ‘‘já faz 5 meses e você ainda está assim?’’ podem fazer com que o enlutado sinta como se vivesse sob uma cobrança constante da sociedade, não sabendo a melhor forma de se posicionar frente à situações que, em outros momentos, seriam corriqueiras.



domingo, 16 de maio de 2010

Atividades para colorir- tema meio ambiente

Atividade de colorir. A partir da gravura pode-se lançar uma reflexão acerca do que existe na Terra, o que é natural e o que é construído pelos humanos. Refletir sobre a importância do respeito por tudo e por todos.



Atividade de colorir. Apontar que os seres humanos fazem parte do ambiente, assim como plantas, animais, água, ar, terra. Cuidar do meio ambiente é cuidar de todas as formas de vida.






Atividade de colorir. A professora ou o professor pode criar uma história com as crianças a partir das gravuras e depois colorir as mesmas. Observa-se em uma das gravuras uma vovó em um espaço de horta, e a outra que ilustra um ambiente natural. Podem ser discutidas algumas questões a partir das gravuras, como por exemplo: alimentação saudável, plantação, hortas, etc.



Atividade de desenho. É indicado trabalhar com as crianças a temática dos animais encontrados em ambientes naturais como pássaros, borboletas, tartarugas, macacos, etc. Pode ser solicitado que as crianças digam os animais que poderiam compor a paisagem.





Atividade de colorir animais encontrados em ambientes urbanos. É idicado trabalhar a temática de animais das áreas urbanas ou em ambientes construídos e animais encontrados em ambientes naturais


Atividade de colorir paisagem natural. É indicado trabalhar a temática a respeito de ambientes naturais e ambientes construídos ou urbanos, apontando diferenças e a importância da preservação de espaços naturais que servem de habitat para diversos animais e plantas.




sábado, 15 de maio de 2010

Meio ambiente- tema ÁGUA

Trabalhar esse tema em seus diversos aspectos, leva a criança a conscientização da importância de saber como utilizar a água sem desperdicios, demonstrando-a como fonte de vida.









Mais atividades sobre o meio ambiente - tema plantas














sexta-feira, 14 de maio de 2010

Meio Ambiente...

AFINAL, O QUE É LIXO?

DEFINIÇÃO

Chamamos de lixo tudo aquilo que não nos serve mais e jogamos fora. Os dicionários de língua portuguesa definem a palavra como sendo: coisas inúteis, imprestáveis, velhas, sem valor; aquilo que se varre para tornar limpa uma casa ou uma cidade; entulho; qualquer material produzido pelo homem que perde a utilidade e é descartado.

Você já parou pra pensar que muito do que jogamos fora e consideramos sem valor pode ser aproveitado por outras pessoas?

Ué, mas se serve pra outras pessoas então não é lixo!

É isso aí, tá na hora de revermos o significado dessa palavra!

Que tal “tudo aquilo que foi descartado e que, após determinado processo, pode ser útil e aproveitado pelo homem”?

Os materiais que ainda podem ser usados para outros fins mesmo depois de serem descartados, passarão a ser chamados de MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS; já aqueles materiais que precisam ser descartados, mas após sofrerem transformações podem novamente ser usados pelo homem passarão a se chamar MATERIAIS RECICLÁVEIS!!!

Por exemplo: aquela famosa poltrona feita de garrafas do tipo PET é um reaproveitamento. Por outro lado a transformação química e física da garrafa PET em fibras de poliéster para a fabricação de tecido para roupas é um processo de reciclagem .

Fonte:Associação Ecológica Ecomarapendi(recicloteca)
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Marcadores: Meio Ambiente
Terrário (meio ambiente)
Um terrário é uma miniatura do mundo. Ele imita o Meio Ambiente das plantas e realiza, na sua pequena área, o ciclo da água completo. Com o aumento da temperatura, a água usada para regar o solo evapora e se junta à água proveniente da transpiração das plantinhas, formando uma concentração de vapor de água. No ambiente fechado, este vapor condensa-se e, em pequenas gotas, retorna para irrigar novamente o solo. E, tudo começa novamente.

As crianças vão gostar de observar as gotinhas se formando, e isso será uma prova visível (e constatativa) do ciclo das águas.

Será útil mostrar às crianças uma ilustração de como o ciclo das águas se processa na natureza para que elas façam comparações.


Duas garrafas de coca-cola de 2 litros, uma xícara (aproximadamente) de pedregulho, do tipo para aquário, uma xícara de carvão vegetal, três a quatro xícaras de terra (preferivelmente a adubada organicamente), duas a quatro mudinhas de plantas diferentes (para serem usadas de acordo com o tamanho do vidro), uma xícara de água filtrada.


Recorta-se uma das garrafas de plástico em cerca de ¾ de seu corpo, e outra, pelo lado contrário, cortada a ¼ do corpo. Após a montagem, a parte menor funcionará como tampa e deverá ser fixada à outra com fita crepe.

Colocar a pedrinha no fundo, seguida do carvão vegetal e da terra. Fazer um buraco na terra, reservando a terra retirada, colocar a plantinha e repor a terra retirada ao seu redor.


Regar o terrário cuidadosamente e tampá-lo. Colocar o terrário em lugar com claridade média, mas não diretamente à luz do sol.

O terrário não exigirá cuidados especiais, manter-se-á sozinho. A cada semana ou duas, remover a cobertura para que as plantinhas recebam uma brisa fresquinha por uns 15 minutos. As plantinhas poderão ser aparadas, se for o caso.
O terrário também pode ser feito com um vidro de “boca larga” (tipo de geléia) ou com um aquário pequeno.





Filtro d'água ( meio ambiente)
A natureza filtra naturalmente toda a água que vem da chuva.

A água passa por diversa camadas de solo até chegar aos rios subterrâneos e de lá voltarem a superfície numa nascente cristalina.

Para imitar, e poder fazer com que seus alunos entendam melhor a natureza, construa com eles o filtro ao lado.


1- Cortar o fundo de uma garrafa de refrigerante de dois litros. Lavar bem.

2- Colocar primeiro um pouco de algodão limpo tampando a saída do gargalo.


3- Depois, em ordem, conforme o desenho, colocar pedras e areia. Tanto a areia e as pedras devem ser lavadas antes com água limpa.

4- Colocar a garrafa sobre um copo grande ou uma jarra.

5- Colocar água limpa no filto para que seja lavado antes de usar, isso também faz com que a aréia e as pedras se acomodem.
6- Preparar água “suja” com pedacinhos de papel, água com terra, pedaços de folhas de plantas, pétalas de flores, cascas e sementes de frutas etc. Misturar tudo muito bem. Observar que todas os ingredientes sejam orgânicos e não químicos.

7- Despejar a água suja aos poucos com a ajuda de uma concha, e observar como a água sai limpa pelo gargalo, deixando toda a sujeira dentro do filtro.

8- Observar apenas o processo, não beber a água.

sábado, 1 de maio de 2010

Sugestões de cartões para o dia das mães:




Datas comemorativas do mês de maio

Maio
01 · Dia Mundial do Trabalho
02 · Dia Nacional do Ex-combatente
02 · Dia do Taquígrafo
03 · Dia do Sertanejo
05 · Dia de Rondon
05 · Dia da Comunidade
05 · Dia Nacional do Expedicionário
05 · Dia do Artista Pintor
05 . Dia do Marechal Rondon
06 · Dia do Cartógrafo
07 · Dia do Oftalmologista
07 · Dia do Silêncio
08 · Dia da Vitória
08 · Dia do Profissional Marketing
08 · Dia do Artista Plástico
08 · Internacional da Cruz Vermelha
09 · Dia da Europa
10 · Dia da Cavalaria
10 · Dia do Campo
11 . Dia das Mães
11 · Integração do Telégrafo no Brasil
12 · Dia Mundial do Enfermeiro
13 · Abolição da Escravatura
13 · Dia da Fraternidade Brasileira
13 · Dia do Automóvel
14 · Dia Continental do Seguro
15 · Dia do Assistente Social
15 · Dia do Gerente Bancário
16 · Dia do Gari
17 · Dia Internacional da Comunicação e das Telecomunicações
17 · Dia da Constituição
18 · Dia dos Vidreiros
18 · Dia Internacional dos Museus
19 · Dia dos Acadêmicos do Direito
20 . Ascensão do Senhor
20 · Dia do Comissário de Menores
21 · Dia da Língua Nacional
22 · Dia do Apicultor
23 · Dia da Juventude Constitucionalista
24 · Dia da Infantaria
24 · Dia do Datilógrafo
24 · Dia do Detento
24 · Dia do Telegrafista
24 · Dia do Vestibulando
25 · Dia da Indústria
25 · Dia do Massagista
25 · Dia do Trabalhador Rural
27 · Dia do Profissional Liberal
29 · Dia do Estatístico
29 · Dia do Geógrafo
30 · Dia do Geólogo
30 · Dia das Bandeiras
31 · Dia do Comissário de Bordo
31 · Dia Mundial das Comunicações Sociais
31 · Dia do Espírito Santo

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Plano de Aula - Educação Infantil de 0 a 3 anos:

Primeiras acrobacias
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Desafios corporais

Objetivo

Fortalecer a musculatura.
Tempo estimado
Livre.

Desenvolvimento

Preparando a creche
- O piso não deve ser escorregadio, e o ideal é que haja rampas com pouca inclinação para subir e descer engatinhando ou escadas de poucos degraus.
- Espalhe colchonetes se alguma atividade envolver risco de queda.
- Coloque equipamentos que dêem suporte às crianças, como almofadas para as que estão começando a sentar e pufes, caixas de papelão e uma barra para as que querem ficar em pé.

Atividade 1

Cada frase que o professor disser será repetida pelas crianças.
"Vamos passear na floresta?"
"Então, vamos!" (caminhar pelo espaço)
"Xiii! Olha lá! Um rio!"
"Vamos passar?"
"Por cima não dá!" (esticar o corpo)
"Por baixo não dá!" (abaixar o corpo)
"Então vamos nadar?" (movimentar os braços)
O jogo prossegue com variações nas propostas de movimentos:
"Xiii! Olhá lá! Uma árvore! Vamos subir?" (movimentar braços e pernas, como se estivesse subindo)
"Uma caverna! Vamos entrar?" (arrastar-se pelo chão ou andar agachado)
Entrando na caverna, o professor diz:
"Xiii! Está tudo escuro!" (fechar os olhos e tocar nos colegas)
"Xiii! Uma cauda comprida... um pêlo macio... um focinho gelado... É uma onça! Vamos correr?" (correr, fazendo o caminho inverso)
"Xii! Uma caverna! Vamos sair? Xii! Uma árvore! Vamos subir? Xii! Um rio! Vamos nadar? Xii! Uma casa! Vamos entrar? Xii! Uma porta! Vamos fechar?" (deitar no chão)
Para concluir:
"Ufa! A onça não pegou ninguém! Ainda bem!" (descansar)

Atividade 2

Os desafios corporais podem variar conforme a proposta. Por exemplo, passear no fundo do mar: nesse caso, os movimentos de braços e pernas são feitos com todos deitados no chão. Outras opções são entrar em cavernas, passar por muitas algas, afundar num abismo profundo e fugir de um tubarão.

Atividade 3

Uma outra opção é fazer de conta que está voando: as crianças podem fazer a seqüência de pé, para se locomoverem no espaço. Sugira que elas sejam pássaros, que voem sobre a montanha, pousem numa rocha, mergulhem num abismo e fujam de um gavião.

Avaliação
O importante aqui não é saber quem consegue ou não fazer o que foi proposto ou comparar a agilidade de um e outro. Avalie se o tempo de duração foi adequado, se os pequenos se envolveram e seguiram suas sugestões. Verifique se alguma coisa deverá ser modificada numa próxima vez.


Coleção de acalantos
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Linguagem musical e expressão corporal

Objetivos
- Ampliar o repertório de canções de ninar que pais e professores cantam para as crianças.
- Aproximar os pais da escola, com troca de informações sobre o que os pequenos ouvem em casa na hora de dormir.

Anos
Creche.

Tempo estimado
Dois meses.

Material necessário
CD ou fita cassete, gravador portátil e aparelho de som.

Desenvolvimento
1ª etapa
Faça uma seleção prévia das cantigas de ninar que mais conhece para cantar para os bebês na creche (exemplos: Acalanto, Boi da Cara Preta, Nana Nenê, Sapo Cururu e Dorme Filhinho). Programe um momento só para cantá-las. É importante que eles não estejam envolvidos em outras atividades e se concentrem para ouvir e cantar junto.

2ª etapa
Na reunião de pais, fale sobre a proposta de trabalhar com canções de ninar. Explique que é importante conhecer o que as crianças ouvem na hora de dormir. A proposta é compartilhar esse repertório na creche. Com a participação das famílias, faça um registro escrito das músicas entoadas em casa. Pergunte para eles também o que mães, avós, tias e irmãs mais velhas cantavam na hora de dormir ou em momentos de aconchego. Convide todos para gravar as músicas de ninar para que a turma possa apreciá-las na creche. O gravador pode ir para a casa de cada um com um bilhete explicando o procedimento de gravação. As músicas também podem ser gravadas na própria creche, quando os pais forem buscar ou deixar os filhos. No início de cada gravação, cada parente deve dizer seu nome e o da criança para que você possa identificar rapidamente os trechos.

3ª etapa
Grave todas as canções cantadas na creche, no mesmo CD ou fita, para organizar a Coleção de Acalantos.Faça momentos de apreciação musical. Pergunte para os pequenos que já sabem falar se eles reconhecem a voz dos pais. Faça cópias do CD ou da fita e distribua para as famílias.

Avaliação
Observe como os pequenos reagem ao ouvir a voz dos pais. Ouça a diversidade de canções de ninar que conseguiu reunir e identifique se outras músicas, que não as de ninar, também são utilizadas pelos pais. Nas reuniões, pergunte se eles cantam mais para os filhos em casa, como se sentem fazendo isso e de que maneira os bebês interagem nesses momentos de aconchego.

Consultoria: Sandra da Cunha
Professora de Música da Escola Municipal de Iniciação Artística de São Paulo, na capital paulista, e formadora de professores.


Ritmo de aprendizado
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Linguagem musical e expressão corporal


Objetivo

Estimular a percepção dos sons e as habilidades musicais.

Tempo estimado
30 minutos, uma ou duas vezes por semana.

Materiais necessários
Instrumentos de percussão, sucatas que produzam som, guizos e CDs.

Organização da sala
Em roda.
Desenvolvimento

Atividade 1

Algumas cantigas e brincadeiras de roda convidam à marcação do pulso básico ou do tempo forte da música.
Palma, palma, palma (bater palmas no tempo forte)
Pé, pé, pé (bater o pé no chão)
Roda, roda, roda (rodar no lugar)
Caranguejo peixe é! (no é, agachar no chão)

Outras propõem uma experiência rítmica.
Rá, rá, rá, a minha machadinha,
Rá, rá, a minha machadinha,
Quem te pôs a mão sabendo que és minha?
Quem te pôs a mão sabendo que és minha? (rodar de mãos dadas)
Se tu és minha eu também sou tua,
Se tu és minha eu também sou tua,
Pula machadinha para o meio da rua
Pula machadinha para o meio da rua
(pular para o meio da roda)
No meio da rua não hei de ficar
No meio da rua não hei de ficar
Pula machadinha para o teu lugar
Pula machadinha para o teu lugar
(pular de costas para seu lugar original na roda)

Atividade 2

O ritmo está presente também no falar, nos poemas e nas parlendas.
Chuva, chuva, chuvisquinho
Sua calça tem furinho
Chuva, chuva, chuvarada
Sua calça está furada

Atividade 3

A roda começa girando devagar e acelera até chegar ao dez
A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinho
Bota um, bota dois, bota três, bota
quatro ... bota nove, bota dez! (todos se agacham)

Atividade 4

Estimule o acompanhamento de canções com palmas, brinquedos ou instrumentos musicais feitos com sucata ou objetos do cotidiano. Eles foram chamados pela pesquisadora argentina Judith Akoschky de ¿cotidiáfonos¿, pois são construídos com base no que se tem disponível. São dessa categoria peças como maçanetas ou torneiras (percutidas com ferrinhos, emitem um som metálico e bonito), guizos (amarrados com fita nos pulsos ou tornozelos, tocam quando movimentados) e radiografias (quando agitadas, produzem um barulho engraçado).

Avaliação
Não espere uma coordenação rítmica exata nas atividades. Esse ainda não é o objetivo nessa faixa etária. O mais importante é proporcionar a experiência de fazer música e compartilhá-la com os amigos em momentos de alegria e sensibilidade.

Consultora Paula Zurawski
Formadora do Instituto Avisa Lá e do Instituto de Educação Superior Vera Cruz, em São Paulo.


Vamos brincar?
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Exploração dos objetos e brincadeiras


Introdução
Nesta sequência didática, as crianças participarão de uma série de brincadeiras e jogos de regras simples. Os jogos e brincadeiras serão apresentados de diversas maneiras e as crianças serão convidadas a explicar suas regras aos colegas, tendo como apoio fotos e desenhos das brincadeiras.

Objetivos
Esta seqüência didática tem como objetivo a ampliação do repertório de brincadeiras do grupo e a possibilidade de criar diferentes situações de aprendizagem nas quais as crianças possam se divertir, brincar, falar, representar e reapresentar as diferentes brincadeiras.

- Compartilhar informações sobre as brincadeiras
- Participar de situações significativas nas quais as crianças possam agir e falar sobre um tema comum de maneira mais estruturada
- Conhecer as regras de algumas brincadeiras

Tempo estimado
Aproximadamente 4 meses

Material necessário
Para as brincadeiras: bolas, bambolês, cordas, pedaços de madeira, sucatas, tecidos...
Para o registro: máquina fotográfica, papéis e canetinhas

Desenvolvimento das atividades

1. Elencar as brincadeiras que serão apresentadas e registradas

Fazer um levantamento das possíveis brincadeiras a serem apresentadas ao grupo. Garantindo tanto o contato com os jogos e brincadeiras que já fazem parte do repertório do grupo, como a apresentação de novas propostas.
Exemplo de brincadeiras: Chuva de bolinha, corre-cotia, elefantinho colorido...

2. Definir quantas vezes na semana o projeto será trabalhado

Definir quais momentos da rotina da seqüência didática serão trabalhados, distinguindo momentos de conversa, momentos de brincadeiras, momentos de registro. Isto é, pode-se primeiro propor a brincadeira e depois (até mesmo num outro dia) organizar uma roda de conversa sobre a brincadeira realizada. Podem-se apresentar imagens (filmes e gravações) de outras turmas brincando e depois propor para as crianças brincarem.

3. Atividade disparadora – apresentação da seqüência didática às crianças

É importante para este primeiro contato planejar a maneira como a seqüência didática será comunicada. Uma roda de conversa com perguntas e respostas pode ser insuficiente. É importante usar diferentes recursos para chamar a atenção das crianças, como por exemplo, levar imagens de jogos e brincadeiras, crianças jogando e materiais (bolas, cordas...) e formular perguntas como num jogo de adivinha para que as crianças falem sobre os jogos que já conhecem.

Como as crianças ainda são muito pequenas, deve-se evitar muita “falação”, por isso devem-se planejar adivinhas e o uso de imagens para garantir uma melhor participação e envolvimento por parte delas.

4. Instituir rituais para as atividades que envolvem a seqüência didática

Criar rituais que dêem indícios às crianças sobre o assunto que irão tratar nas atividades de modo que se vinculem ao tema da seqüência. Ex. confeccionar uma caixa com imagens de jogos e brincadeiras e levá-la para todas as situações relacionadas à seqüência; propor um “grito de guerra” que anteceda os jogos, entre outras possibilidades

5. Definir como será feito o registro da seqüência e a confecção do livro de regras

Propor para as crianças a elaboração de um livro com as regras dos jogos e brincadeiras compartilhados pelo grupo. Definir como o livro será elaborado e como será a participação das crianças em sua elaboração, levando em consideração que algumas crianças são muito pequenas para explicar de forma clara as regras das brincadeiras. Garantir o registro gráfico das crianças, mesmo sabendo que os traçados das crianças desta faixa etária são rudimentares.

6. Oferecer aos pais a oportunidade de ensinarem uma brincadeira à turma

Apresentar o tema da seqüência didática aos pais e deixar em aberto a possibilidade de participação caso queiram ensinar uma brincadeira.

7. Realizar muitas vezes cada um dos jogos e brincadeiras trabalhados

Considerando que um dos objetivos deste projeto é a ampliação do repertório de jogos e brincadeiras, deve-se planejar o contato sistemático das crianças com cada uma das propostas apresentadas, para que progressivamente possam se apropriar de suas regras.

8. Espaços e materiais

Definir previamente os espaços onde as atividades ocorrerão e organizar os materiais que serão utilizados. Caso seja interessante deve-se incluir a participação das crianças no preparo dos espaços e organização dos materiais.

Avaliação
Devem-se criar pautas de observação para as situações de conversas, para as brincadeiras e para os momentos de registro do projeto. A Avaliação deve ocorrer ao longo de toda a seqüência didática, levando em consideração tanto a participação das crianças, como a adequação das propostas levadas a elas.

Quer saber mais?

Bibliografia:
Moyles, JANET R. - Só Brincar?: O Papel do Brincar na Educação Infantil – Artmed, 2002
Friedman, Adriana A Arte de Brincar: Brincadeiras e jogos tradicionais. – Vozes, 2004
Consultora: Ana Paula Yasbek
Pedagoga e diretora do Berçário do Espaço da Vila, em São Paulo


Educação Infantil
0 a 3 anosPrática pedagógica
Atividade Permanente
Ampliando o brincar
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Exploração dos objetos e brincadeiras


Objetivos
- Enriquecer o faz-de-conta com diversos tipos de brinquedos.
- Desenvolver a brincadeira.
- Promover a interação entre os colegas.

Conteúdo relacionado

Reportagem

Tudo é brinquedo
Tempo estimado
Livre.

Material necessário
Objetos do dia-a-dia e brinquedos industrializados, artesanais ou feitos de sucata.

Desenvolvimento
1ª etapa
Organize os brinquedos na sala da maneira que achar mais conveniente - uma sugestão é integrar os objetos do dia-a-dia (vassouras, pneus, pedaços de tecido etc.) a todos os modelos de brinquedos disponíveis. Apresente o ambiente aos pequenos, fazendo-os perceber que existem outros tipos de brinquedos além dos industrializados. Se houver produtos artesanais, conte à turma como foram feitos. Se possível, leve itens da própria coleção de infância (bonecas, piões, carrinhos), explicando como você brincava quando criança.

2ª etapa
Deixe todos agirem livremente, reorganizando o ambiente ou imaginando outros usos para os móveis que você concebeu. Aproveite para investigar que tipo de brincadeira eles inventam. Evite a abordagem direta: prefira a observação, que servirá de base para ampliar o faz-de-conta.

Avaliação
Preste atenção à interação e à socialização entre as crianças e às formas como imitam, reproduzem e recriam as normas e os costumes que observam no meio em que vivem. Use essas observações para criar objetos diferentes.



Consultoria: Dilse Lopes Monteiro
Professora do CMEI Criança Feliz, em Ariquemes, RO, e Adriana Klisys, consultora em Educação Infantil da Caleidoscópio Brincadeira e Arte, em São Paulo.

Consultoria: Adriana Klisys
Consultora em Educação Infantil da Caleidoscópio Brincadeira e Arte, em São Paulo.


Tintas e texturas
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Exploração e linguagem plástica

Introdução
Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a ter experiências estéticas quando percebem que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e produzindo algo para ser visto. Oferecer diferentes materiais aos pequenos é uma maneira de ampliar a capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo.

Objetivos
Explorar diferentes materiais e superfícies para ampliar as possibilidades de expressar-se por meio deles.

Conteúdo
- Exploração e manipulação de materiais, como papéis de diferentes texturas, de meios como tintas, água, etc.
- Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais desenvolvendo todos os segmentos de coordenação.
- Cuidado com materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente e em grupo

Tempo estimado:
30 minutos, uma ou duas vezes por semana

Material necessário:
Tinta guache, anilina comestível em pasta, cola, areia, fubá, sagu, maisena, papéis diversos como: cartolina, cartão, color set, camurça, craft, papelão, sulfite, lixa pincéis de vários tamanhos, rolinho e esponja

Desenvolvimento das atividades

Atividade 1: Trabalho com tinta guache
Prepare a tinta guache para ser usada pelas crianças (pois se esta ficar muito diluída escorre e o trabalho pode se perder), batendo no liquidificador 5 colheres de sopa da tinta escolhida com pouca água, guardando a mistura em garrafas plásticas. Pode-se oferecê-la em vasilhas de plástico grandes e baixas onde as várias cores fiquem à disposição ao mesmo tempo.
Prepare o espaço que pode ser o chão ou mesas forrando-os com plástico. Espalhe os papéis camurça, color set, craft,lixa,cartolina,etc. e diversos tipos de pincéis. Incentive a experimentação das texturas e cores fazendo com que a criança imprima sua marca nos papéis com os rolinhos, pincéis, esponja ou as mãos. Dê liberdade de movimentos aos pequenos.Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés, para as crianças que já andam.

Outras variações com tinta guache:
- Guache com cola: para ser usadas em papel cartão, embalagens, além dos papéis usuais
- Guache com areia, fubá, sagu: para criar relevo e deve ser usado sobre papelão grosso ou papel grosso que suporte peso

Atividade 2: Trabalho com anilina
Esta deve ser usada sempre diluída e como as crianças são pequenas use a comestível em pasta que não é tóxica.

Variações:
-anilina com água: dá um efeito opaco e deve ser usado em papéis porosos como: cartolina, camurça, sulfite,... Usar 1 colher rasa de café em 100ml de água
-anilina com cola: quando seca deixa a tinta brilhante por causa da cola. Indicada para todo tipo de papel. Usar 1 colher rasa de café em 150 ml de cola.

Espalhe as tintas e os suportes nas mesas e peça para as crianças pintarem, explorando os efeitos da tinta sobre o papel, enquanto ouvem a música preferida da classe,

Atividade 3: Trabalho com tinta de maisena (finger)
Esta tinta deve ser usada sobre superfícies grossas como papelão ou papel cartão devido ao peso. Quando seca começa a quebrar e o trabalho fica cheio de rachaduras. Pode ser guardado em geladeira durante 3 semanas e para o trabalho ser arquivado deve-se utilizar pequenas quantidades de tinta pelo papel.

Variações:
-para um finger mais consistente, utilize 300g de maisena diluída em 2 litros de água. Levar ao fogo mexendo sempre até formar um mingau. Pode ser colorido com gelatina
-num finger mais mole, a quantidade de maisena cai par 200g/2 litros
Importante: esse tipo de tinta deve levar um conservante que pode ser sal (1 colher de sopa cheia para cada medida ) ou vinagre( 2 colheres de sopa rasas)

Atividade 4: Trabalho com tinta de sagu
Prepare o sagu no sabor uva ou morango e coloque sal como conservante (1 colher de sopa cheia para cada medida).Prepare o local, colando na parede papéis craft, para que as crianças trabalhem de pé. Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas.

Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.
Importante: as pinturas terão curta duração (faz-se, expõe por uns dias e joga-se fora porque o sagu não seca)

Ao termino de cada atividade faça uma roda de apreciação incentivando o cuidado que os pequenos devem ter com os seus trabalhos e com os dos colegas. Monte uma exposição num lugar de visibilidade da escola para que os trabalhos sejam apreciados por todos

Avaliação

Observe a interação das crianças com os materiais e como elas se expressam através deles. O mais importante é proporcionar a experimentação de diferentes materiais, interagindo com os amigos num ambiente previamente organizado.

Valéria Regis da Silva
Diretora da Comunidade Assistencial Espírita “Lar Veneranda’, em Santos, São Paulo.

Planejar a área externa
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Exploração do ambiente


Objetivos
- Organizar um ambiente externo com diversas opções de atividades.
- Estimular o movimento e a exploração de materiais.

Tempo estimado
Durante o ano todo, especialmente no verão.

Material necessário
Brinquedos diversos e em quantidade suficiente para toda a turma, baldes, vasos, colchonetes, livros, lupas, binóculos, caleidoscópios e móbiles.

Desenvolvimento
1ª etapa
Observe como o espaço externo da creche é utilizado. Quanto tempo cada professor passa fora da sala? Que tipo de atividade propõe? Há planejamento, diversificação e contato constante - o que é desejável - ou, ao contrário, trata-se apenas de um momento "tapa-buraco" na rotina semanal? Em cada turma, verifique se as crianças interagem entre si e exploram o ambiente ou se ficam restritas a uma pequena área.

2ª etapa
Para que o espaço externo seja desafiador, assegure a diversidade de propostas. O ideal é contemplar o pátio com ambientes com areia, água e, principalmente, alguma área verde, mesmo que seja em vasos e floreiras. Em todos eles, é importante garantir a segurança. Medidas simples, como colocar colchonetes no chão para amortecer quedas em balanços ou escorregadores, ajudam a prevenir acidentes. Também é importante que haja pelo menos um adulto para cada sete crianças.

3ª etapa
Hora de pensar no tempo despendido fora da sala. Assegure que as atividades ao ar livre tenham um espaço cativo na agenda semanal - a familiaridade com o ambiente externo é essencial para que os pequenos possam fazer suas próprias descobertas.

4ª etapa
De tempos em tempos, surpreenda a turma com novidades criativas. Experimente, por exemplo, colocar objetos como lupas, binóculos, caleidoscópios e móbiles em lugares
estratégicos, como galhos de árvores e cantos vazios. Outra forma de valorizar a área
externa é variar as atividades em cada ambiente. É possível, por exemplo, usar o jardim para ler histórias, adaptando o ambiente de acordo com o enredo.

Avaliação
Para analisar quais atividades e ambientes funcionam e, ao mesmo tempo, verificar o envolvimento das crianças nas diferentes propostas, elabore fichas de observação para cada uma. Ela pode conter os seguintes itens:

- Nome da criança
- Envolve-se em quais propostas?
- Qual espaço prefere?
- Com quem gosta de brincar?
- Mantém-se atenta às rodas organizadas na área externa?
- Percorre o espaço externo de maneiras diferentes?
- De que forma explora os desafios colocados na área?

Com base nesse diagnóstico, reorganize o ambiente e estimule cada criança, individualmente, a descobrir atividades e oportunidades ainda inexploradas.

Ana Paula Yazbek
Pedagoga e diretora do Berçário do Espaço da Vila, em São Paulo
Educação Infantil
4 a 6 anos



Prática pedagógica
Atividade Permanente
Um bate-papo sem fim
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Linguagem oral e comunicação

Objetivos
- Compartilhar experiências.
- Desenvolver a habilidade de falar, perguntar, responder, expor idéias, dúvidas, descobertas e inquietações.
- ATENÇÃO: Esta atividade pode ser adaptada para pré-escola.

Conteúdo
Oralidade.

Tempo estimado
Diariamente. A duração varia de acordo com a idade e a experiência do grupo com a atividade.

Organização da sala
Em roda.

Desenvolvimento
- Tenha sempre um livro em mãos ou uma brincadeira planejada para servirem de temas, caso os assuntos não surjam espontaneamente.

- Deixe claro que todos farão um trabalho coletivo e informe os comportamentos esperados.

- Seja qual for o assunto, coloque-se como um interlocutor interessado.

- Permaneça atento às colocações e atribua sentidos e significados a elas.

- Apóie a fala dos menores com questões e intervenções organizadoras do discurso, ajudando no resgate de memória, nas descrições e nos relatos.

- Não tente determinar a ordem em que cada um vai falar. Todos devem ter liberdade para participar em diversos momentos, desde que não sobreponham a fala à do outro.

- As perguntas não devem ser respondidas em coro, pois nesse caso a autonomia e a habilidade de interagir são prejudicadas. Planeje as questões para evitar essa situação.

- Jamais antecipe as respostas para não perder a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento do pensamento infantil.

Avaliação
A comunicação se dá de muitas formas ¿ gestos, ações, movimentos, sons e palavras. Muitas vezes, uma única palavra sintetiza um fato ou pensamento. Observe o percurso e as necessidades específicas de cada um e planeje novas atividades e boas intervenções. Estimule a participação dos mais tímidos valorizando os saberes e habilidades deles.

Maria Virgínia Gastaldi
Editora de Educação Infantil da Editora Moderna, em São Paulo.

Daniela Panutti
Orientadora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo.


Reinventando os espaços da creche
Faixa etária
0 a 3 anos

Conteúdo
Identidade e autonomia


Objetivos
- Conquistar autonomia de forma progressiva em relação a si próprio, aos outros e aos objetos.
- Desenvolver a identidade, reconhecendo limites e capacidades.
- Ter prazer e divertir-se com a vida coletiva na escola.
- Desenvolver a oralidade e a sociabilidade.

Conteúdos
- Identidade e autonomia.
- Sociabilidade.
- Movimento.

Tempo estimado
O ano todo.

Material necessário
Móveis da própria sala, tecidos de tamanhos e texturas variados, caixas de papelão, bambolês, brinquedos, livros, revistas, sucatas variadas, bolas e papelões vazados.

Desenvolvimento
1ª etapa
Observe diariamente como as crianças interagem com o ambiente. Que espaços e objetos preferem? Que materiais são mais desafiadores? Que ações executam com brinquedos, livros etc.? Registre suas observações e, com base nelas, planeje intervenções gradativas no espaço permanente da turma.

2ª etapa
Organize cantos na sala, nos quais as crianças vão brincar e circular livremente. Use móveis, tecidos e tapetes para fazer uma divisão clara das áreas. O primeiro, com colchões e bolas, pode ser dedicado a brincadeiras corporais. O segundo, ao contato com livros e revistas. Mais um, para o faz de conta com objetos de cozinha e de bebês. Por fim, o canto de explorações (com tecidos de várias texturas, materiais sonoros e itens para desenho) e o das almofadas e dos objetos pessoais. Mostre tudo aos poucos, garantindo que os pequenos possam agir sozinhos ou em grupo.

3ª etapa
Monte cabanas em alguns cantos para colaborar com a divisão do espaço e colocar uma limitação física no ambiente. Nelas, as crianças entram e saem, tendo momentos de privacidade e sociabilidade. Aproveite e use a cabana para uma proposta coletiva, convidando as crianças a ouvir uma história ou fazer um desenho coletivo.

4ª etapa
A decisão sobre os materiais oferecidos é fundamental para propiciar desafios. É recomendável ter pequenos espelhos (desenvolvimento da identidade), caixas com objetos sonoros e outros de abrir e fechar (estímulo à exploração), além de pequenas bolas e tecidos grandes para jogar e puxar (promoção da sociabilidade). Variar a quantidade é útil para que os pequenos aprendam a pedir emprestado, a respeitar a vez do amigo e a compartilhar uma ação.

5ª etapa
Realize constantes intervenções no espaço. Confeccione tapetes com texturas e caixas com aberturas. Varie as propostas para que os pequenos possam estar em pequenos grupos e com toda a turma. Promova brincadeiras na frente de um espelho com objetos e tecidos. Esteja atento para mediar situações de socialização e possíveis conflitos entre os pequenos.

Avaliação
Crie situações para observar como cada um se relaciona com espaços, pessoas e objetos. Observe os avanços nas relações de respeito e no uso de estratégias comunicativas (orais ou não verbais), na gradativa superação de desafios corporais e no desenvolvimento da autonomia, tanto nas relações com os outros como no uso de objetos.

Consultoria: Karina Rizek
Coordenadora de projetos da Escola de Educadores e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.

Fonte: revista NOVA ESCOLA