Primeiras acrobacias
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Desafios corporais
Objetivo
Fortalecer a musculatura.
Tempo estimado
Livre.
Desenvolvimento
Preparando a creche
- O piso não deve ser escorregadio, e o ideal é que haja rampas com pouca inclinação para subir e descer engatinhando ou escadas de poucos degraus.
- Espalhe colchonetes se alguma atividade envolver risco de queda.
- Coloque equipamentos que dêem suporte às crianças, como almofadas para as que estão começando a sentar e pufes, caixas de papelão e uma barra para as que querem ficar em pé.
Atividade 1
Cada frase que o professor disser será repetida pelas crianças.
"Vamos passear na floresta?"
"Então, vamos!" (caminhar pelo espaço)
"Xiii! Olha lá! Um rio!"
"Vamos passar?"
"Por cima não dá!" (esticar o corpo)
"Por baixo não dá!" (abaixar o corpo)
"Então vamos nadar?" (movimentar os braços)
O jogo prossegue com variações nas propostas de movimentos:
"Xiii! Olhá lá! Uma árvore! Vamos subir?" (movimentar braços e pernas, como se estivesse subindo)
"Uma caverna! Vamos entrar?" (arrastar-se pelo chão ou andar agachado)
Entrando na caverna, o professor diz:
"Xiii! Está tudo escuro!" (fechar os olhos e tocar nos colegas)
"Xiii! Uma cauda comprida... um pêlo macio... um focinho gelado... É uma onça! Vamos correr?" (correr, fazendo o caminho inverso)
"Xii! Uma caverna! Vamos sair? Xii! Uma árvore! Vamos subir? Xii! Um rio! Vamos nadar? Xii! Uma casa! Vamos entrar? Xii! Uma porta! Vamos fechar?" (deitar no chão)
Para concluir:
"Ufa! A onça não pegou ninguém! Ainda bem!" (descansar)
Atividade 2
Os desafios corporais podem variar conforme a proposta. Por exemplo, passear no fundo do mar: nesse caso, os movimentos de braços e pernas são feitos com todos deitados no chão. Outras opções são entrar em cavernas, passar por muitas algas, afundar num abismo profundo e fugir de um tubarão.
Atividade 3
Uma outra opção é fazer de conta que está voando: as crianças podem fazer a seqüência de pé, para se locomoverem no espaço. Sugira que elas sejam pássaros, que voem sobre a montanha, pousem numa rocha, mergulhem num abismo e fujam de um gavião.
Avaliação
O importante aqui não é saber quem consegue ou não fazer o que foi proposto ou comparar a agilidade de um e outro. Avalie se o tempo de duração foi adequado, se os pequenos se envolveram e seguiram suas sugestões. Verifique se alguma coisa deverá ser modificada numa próxima vez.
Coleção de acalantos
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Linguagem musical e expressão corporal
Objetivos
- Ampliar o repertório de canções de ninar que pais e professores cantam para as crianças.
- Aproximar os pais da escola, com troca de informações sobre o que os pequenos ouvem em casa na hora de dormir.
Anos
Creche.
Tempo estimado
Dois meses.
Material necessário
CD ou fita cassete, gravador portátil e aparelho de som.
Desenvolvimento
1ª etapa
Faça uma seleção prévia das cantigas de ninar que mais conhece para cantar para os bebês na creche (exemplos: Acalanto, Boi da Cara Preta, Nana Nenê, Sapo Cururu e Dorme Filhinho). Programe um momento só para cantá-las. É importante que eles não estejam envolvidos em outras atividades e se concentrem para ouvir e cantar junto.
2ª etapa
Na reunião de pais, fale sobre a proposta de trabalhar com canções de ninar. Explique que é importante conhecer o que as crianças ouvem na hora de dormir. A proposta é compartilhar esse repertório na creche. Com a participação das famílias, faça um registro escrito das músicas entoadas em casa. Pergunte para eles também o que mães, avós, tias e irmãs mais velhas cantavam na hora de dormir ou em momentos de aconchego. Convide todos para gravar as músicas de ninar para que a turma possa apreciá-las na creche. O gravador pode ir para a casa de cada um com um bilhete explicando o procedimento de gravação. As músicas também podem ser gravadas na própria creche, quando os pais forem buscar ou deixar os filhos. No início de cada gravação, cada parente deve dizer seu nome e o da criança para que você possa identificar rapidamente os trechos.
3ª etapa
Grave todas as canções cantadas na creche, no mesmo CD ou fita, para organizar a Coleção de Acalantos.Faça momentos de apreciação musical. Pergunte para os pequenos que já sabem falar se eles reconhecem a voz dos pais. Faça cópias do CD ou da fita e distribua para as famílias.
Avaliação
Observe como os pequenos reagem ao ouvir a voz dos pais. Ouça a diversidade de canções de ninar que conseguiu reunir e identifique se outras músicas, que não as de ninar, também são utilizadas pelos pais. Nas reuniões, pergunte se eles cantam mais para os filhos em casa, como se sentem fazendo isso e de que maneira os bebês interagem nesses momentos de aconchego.
Consultoria: Sandra da Cunha
Professora de Música da Escola Municipal de Iniciação Artística de São Paulo, na capital paulista, e formadora de professores.
Ritmo de aprendizado
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Linguagem musical e expressão corporal
Objetivo
Estimular a percepção dos sons e as habilidades musicais.
Tempo estimado
30 minutos, uma ou duas vezes por semana.
Materiais necessários
Instrumentos de percussão, sucatas que produzam som, guizos e CDs.
Organização da sala
Em roda.
Desenvolvimento
Atividade 1
Algumas cantigas e brincadeiras de roda convidam à marcação do pulso básico ou do tempo forte da música.
Palma, palma, palma (bater palmas no tempo forte)
Pé, pé, pé (bater o pé no chão)
Roda, roda, roda (rodar no lugar)
Caranguejo peixe é! (no é, agachar no chão)
Outras propõem uma experiência rítmica.
Rá, rá, rá, a minha machadinha,
Rá, rá, a minha machadinha,
Quem te pôs a mão sabendo que és minha?
Quem te pôs a mão sabendo que és minha? (rodar de mãos dadas)
Se tu és minha eu também sou tua,
Se tu és minha eu também sou tua,
Pula machadinha para o meio da rua
Pula machadinha para o meio da rua
(pular para o meio da roda)
No meio da rua não hei de ficar
No meio da rua não hei de ficar
Pula machadinha para o teu lugar
Pula machadinha para o teu lugar
(pular de costas para seu lugar original na roda)
Atividade 2
O ritmo está presente também no falar, nos poemas e nas parlendas.
Chuva, chuva, chuvisquinho
Sua calça tem furinho
Chuva, chuva, chuvarada
Sua calça está furada
Atividade 3
A roda começa girando devagar e acelera até chegar ao dez
A galinha do vizinho
Bota ovo amarelinho
Bota um, bota dois, bota três, bota
quatro ... bota nove, bota dez! (todos se agacham)
Atividade 4
Estimule o acompanhamento de canções com palmas, brinquedos ou instrumentos musicais feitos com sucata ou objetos do cotidiano. Eles foram chamados pela pesquisadora argentina Judith Akoschky de ¿cotidiáfonos¿, pois são construídos com base no que se tem disponível. São dessa categoria peças como maçanetas ou torneiras (percutidas com ferrinhos, emitem um som metálico e bonito), guizos (amarrados com fita nos pulsos ou tornozelos, tocam quando movimentados) e radiografias (quando agitadas, produzem um barulho engraçado).
Avaliação
Não espere uma coordenação rítmica exata nas atividades. Esse ainda não é o objetivo nessa faixa etária. O mais importante é proporcionar a experiência de fazer música e compartilhá-la com os amigos em momentos de alegria e sensibilidade.
Consultora Paula Zurawski
Formadora do Instituto Avisa Lá e do Instituto de Educação Superior Vera Cruz, em São Paulo.
Vamos brincar?
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Exploração dos objetos e brincadeiras
Introdução
Nesta sequência didática, as crianças participarão de uma série de brincadeiras e jogos de regras simples. Os jogos e brincadeiras serão apresentados de diversas maneiras e as crianças serão convidadas a explicar suas regras aos colegas, tendo como apoio fotos e desenhos das brincadeiras.
Objetivos
Esta seqüência didática tem como objetivo a ampliação do repertório de brincadeiras do grupo e a possibilidade de criar diferentes situações de aprendizagem nas quais as crianças possam se divertir, brincar, falar, representar e reapresentar as diferentes brincadeiras.
- Compartilhar informações sobre as brincadeiras
- Participar de situações significativas nas quais as crianças possam agir e falar sobre um tema comum de maneira mais estruturada
- Conhecer as regras de algumas brincadeiras
Tempo estimado
Aproximadamente 4 meses
Material necessário
Para as brincadeiras: bolas, bambolês, cordas, pedaços de madeira, sucatas, tecidos...
Para o registro: máquina fotográfica, papéis e canetinhas
Desenvolvimento das atividades
1. Elencar as brincadeiras que serão apresentadas e registradas
Fazer um levantamento das possíveis brincadeiras a serem apresentadas ao grupo. Garantindo tanto o contato com os jogos e brincadeiras que já fazem parte do repertório do grupo, como a apresentação de novas propostas.
Exemplo de brincadeiras: Chuva de bolinha, corre-cotia, elefantinho colorido...
2. Definir quantas vezes na semana o projeto será trabalhado
Definir quais momentos da rotina da seqüência didática serão trabalhados, distinguindo momentos de conversa, momentos de brincadeiras, momentos de registro. Isto é, pode-se primeiro propor a brincadeira e depois (até mesmo num outro dia) organizar uma roda de conversa sobre a brincadeira realizada. Podem-se apresentar imagens (filmes e gravações) de outras turmas brincando e depois propor para as crianças brincarem.
3. Atividade disparadora – apresentação da seqüência didática às crianças
É importante para este primeiro contato planejar a maneira como a seqüência didática será comunicada. Uma roda de conversa com perguntas e respostas pode ser insuficiente. É importante usar diferentes recursos para chamar a atenção das crianças, como por exemplo, levar imagens de jogos e brincadeiras, crianças jogando e materiais (bolas, cordas...) e formular perguntas como num jogo de adivinha para que as crianças falem sobre os jogos que já conhecem.
Como as crianças ainda são muito pequenas, deve-se evitar muita “falação”, por isso devem-se planejar adivinhas e o uso de imagens para garantir uma melhor participação e envolvimento por parte delas.
4. Instituir rituais para as atividades que envolvem a seqüência didática
Criar rituais que dêem indícios às crianças sobre o assunto que irão tratar nas atividades de modo que se vinculem ao tema da seqüência. Ex. confeccionar uma caixa com imagens de jogos e brincadeiras e levá-la para todas as situações relacionadas à seqüência; propor um “grito de guerra” que anteceda os jogos, entre outras possibilidades
5. Definir como será feito o registro da seqüência e a confecção do livro de regras
Propor para as crianças a elaboração de um livro com as regras dos jogos e brincadeiras compartilhados pelo grupo. Definir como o livro será elaborado e como será a participação das crianças em sua elaboração, levando em consideração que algumas crianças são muito pequenas para explicar de forma clara as regras das brincadeiras. Garantir o registro gráfico das crianças, mesmo sabendo que os traçados das crianças desta faixa etária são rudimentares.
6. Oferecer aos pais a oportunidade de ensinarem uma brincadeira à turma
Apresentar o tema da seqüência didática aos pais e deixar em aberto a possibilidade de participação caso queiram ensinar uma brincadeira.
7. Realizar muitas vezes cada um dos jogos e brincadeiras trabalhados
Considerando que um dos objetivos deste projeto é a ampliação do repertório de jogos e brincadeiras, deve-se planejar o contato sistemático das crianças com cada uma das propostas apresentadas, para que progressivamente possam se apropriar de suas regras.
8. Espaços e materiais
Definir previamente os espaços onde as atividades ocorrerão e organizar os materiais que serão utilizados. Caso seja interessante deve-se incluir a participação das crianças no preparo dos espaços e organização dos materiais.
Avaliação
Devem-se criar pautas de observação para as situações de conversas, para as brincadeiras e para os momentos de registro do projeto. A Avaliação deve ocorrer ao longo de toda a seqüência didática, levando em consideração tanto a participação das crianças, como a adequação das propostas levadas a elas.
Quer saber mais?
Bibliografia:
Moyles, JANET R. - Só Brincar?: O Papel do Brincar na Educação Infantil – Artmed, 2002
Friedman, Adriana A Arte de Brincar: Brincadeiras e jogos tradicionais. – Vozes, 2004
Consultora: Ana Paula Yasbek
Pedagoga e diretora do Berçário do Espaço da Vila, em São Paulo
Educação Infantil
0 a 3 anosPrática pedagógica
Atividade Permanente
Ampliando o brincar
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Exploração dos objetos e brincadeiras
Objetivos
- Enriquecer o faz-de-conta com diversos tipos de brinquedos.
- Desenvolver a brincadeira.
- Promover a interação entre os colegas.
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Reportagem
Tudo é brinquedo
Tempo estimado
Livre.
Material necessário
Objetos do dia-a-dia e brinquedos industrializados, artesanais ou feitos de sucata.
Desenvolvimento
1ª etapa
Organize os brinquedos na sala da maneira que achar mais conveniente - uma sugestão é integrar os objetos do dia-a-dia (vassouras, pneus, pedaços de tecido etc.) a todos os modelos de brinquedos disponíveis. Apresente o ambiente aos pequenos, fazendo-os perceber que existem outros tipos de brinquedos além dos industrializados. Se houver produtos artesanais, conte à turma como foram feitos. Se possível, leve itens da própria coleção de infância (bonecas, piões, carrinhos), explicando como você brincava quando criança.
2ª etapa
Deixe todos agirem livremente, reorganizando o ambiente ou imaginando outros usos para os móveis que você concebeu. Aproveite para investigar que tipo de brincadeira eles inventam. Evite a abordagem direta: prefira a observação, que servirá de base para ampliar o faz-de-conta.
Avaliação
Preste atenção à interação e à socialização entre as crianças e às formas como imitam, reproduzem e recriam as normas e os costumes que observam no meio em que vivem. Use essas observações para criar objetos diferentes.
Consultoria: Dilse Lopes Monteiro
Professora do CMEI Criança Feliz, em Ariquemes, RO, e Adriana Klisys, consultora em Educação Infantil da Caleidoscópio Brincadeira e Arte, em São Paulo.
Consultoria: Adriana Klisys
Consultora em Educação Infantil da Caleidoscópio Brincadeira e Arte, em São Paulo.
Tintas e texturas
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Exploração e linguagem plástica
Introdução
Nos primeiros anos de vida, as crianças estão imersas no universo das imagens. Começam a ter experiências estéticas quando percebem que podem agir sobre papéis ou telas provocando mudanças e produzindo algo para ser visto. Oferecer diferentes materiais aos pequenos é uma maneira de ampliar a capacidade de expressão deles e o conhecimento que têm do mundo.
Objetivos
Explorar diferentes materiais e superfícies para ampliar as possibilidades de expressar-se por meio deles.
Conteúdo
- Exploração e manipulação de materiais, como papéis de diferentes texturas, de meios como tintas, água, etc.
- Exploração e reconhecimento de diferentes movimentos gestuais desenvolvendo todos os segmentos de coordenação.
- Cuidado com materiais e com os trabalhos e objetos produzidos individualmente e em grupo
Tempo estimado:
30 minutos, uma ou duas vezes por semana
Material necessário:
Tinta guache, anilina comestível em pasta, cola, areia, fubá, sagu, maisena, papéis diversos como: cartolina, cartão, color set, camurça, craft, papelão, sulfite, lixa pincéis de vários tamanhos, rolinho e esponja
Desenvolvimento das atividades
Atividade 1: Trabalho com tinta guache
Prepare a tinta guache para ser usada pelas crianças (pois se esta ficar muito diluída escorre e o trabalho pode se perder), batendo no liquidificador 5 colheres de sopa da tinta escolhida com pouca água, guardando a mistura em garrafas plásticas. Pode-se oferecê-la em vasilhas de plástico grandes e baixas onde as várias cores fiquem à disposição ao mesmo tempo.
Prepare o espaço que pode ser o chão ou mesas forrando-os com plástico. Espalhe os papéis camurça, color set, craft,lixa,cartolina,etc. e diversos tipos de pincéis. Incentive a experimentação das texturas e cores fazendo com que a criança imprima sua marca nos papéis com os rolinhos, pincéis, esponja ou as mãos. Dê liberdade de movimentos aos pequenos.Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés, para as crianças que já andam.
Outras variações com tinta guache:
- Guache com cola: para ser usadas em papel cartão, embalagens, além dos papéis usuais
- Guache com areia, fubá, sagu: para criar relevo e deve ser usado sobre papelão grosso ou papel grosso que suporte peso
Atividade 2: Trabalho com anilina
Esta deve ser usada sempre diluída e como as crianças são pequenas use a comestível em pasta que não é tóxica.
Variações:
-anilina com água: dá um efeito opaco e deve ser usado em papéis porosos como: cartolina, camurça, sulfite,... Usar 1 colher rasa de café em 100ml de água
-anilina com cola: quando seca deixa a tinta brilhante por causa da cola. Indicada para todo tipo de papel. Usar 1 colher rasa de café em 150 ml de cola.
Espalhe as tintas e os suportes nas mesas e peça para as crianças pintarem, explorando os efeitos da tinta sobre o papel, enquanto ouvem a música preferida da classe,
Atividade 3: Trabalho com tinta de maisena (finger)
Esta tinta deve ser usada sobre superfícies grossas como papelão ou papel cartão devido ao peso. Quando seca começa a quebrar e o trabalho fica cheio de rachaduras. Pode ser guardado em geladeira durante 3 semanas e para o trabalho ser arquivado deve-se utilizar pequenas quantidades de tinta pelo papel.
Variações:
-para um finger mais consistente, utilize 300g de maisena diluída em 2 litros de água. Levar ao fogo mexendo sempre até formar um mingau. Pode ser colorido com gelatina
-num finger mais mole, a quantidade de maisena cai par 200g/2 litros
Importante: esse tipo de tinta deve levar um conservante que pode ser sal (1 colher de sopa cheia para cada medida ) ou vinagre( 2 colheres de sopa rasas)
Atividade 4: Trabalho com tinta de sagu
Prepare o sagu no sabor uva ou morango e coloque sal como conservante (1 colher de sopa cheia para cada medida).Prepare o local, colando na parede papéis craft, para que as crianças trabalhem de pé. Pinte com o sagu a palma das mãos das crianças para que elas a imprimam sobre o papel. Você pode pintar a sua e fazer a demonstração. Não faça o trabalho por elas.
Uma variação possível desta atividade é a pintura da sola dos pés. Elas podem imprimir os pés enquanto caminham sobre um papel comprido. Chame a atenção para o fato de as marcas ficarem bem visíveis no início e irem desaparecendo à medida que a tinta é gasta.
Importante: as pinturas terão curta duração (faz-se, expõe por uns dias e joga-se fora porque o sagu não seca)
Ao termino de cada atividade faça uma roda de apreciação incentivando o cuidado que os pequenos devem ter com os seus trabalhos e com os dos colegas. Monte uma exposição num lugar de visibilidade da escola para que os trabalhos sejam apreciados por todos
Avaliação
Observe a interação das crianças com os materiais e como elas se expressam através deles. O mais importante é proporcionar a experimentação de diferentes materiais, interagindo com os amigos num ambiente previamente organizado.
Valéria Regis da Silva
Diretora da Comunidade Assistencial Espírita “Lar Veneranda’, em Santos, São Paulo.
Planejar a área externa
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Exploração do ambiente
Objetivos
- Organizar um ambiente externo com diversas opções de atividades.
- Estimular o movimento e a exploração de materiais.
Tempo estimado
Durante o ano todo, especialmente no verão.
Material necessário
Brinquedos diversos e em quantidade suficiente para toda a turma, baldes, vasos, colchonetes, livros, lupas, binóculos, caleidoscópios e móbiles.
Desenvolvimento
1ª etapa
Observe como o espaço externo da creche é utilizado. Quanto tempo cada professor passa fora da sala? Que tipo de atividade propõe? Há planejamento, diversificação e contato constante - o que é desejável - ou, ao contrário, trata-se apenas de um momento "tapa-buraco" na rotina semanal? Em cada turma, verifique se as crianças interagem entre si e exploram o ambiente ou se ficam restritas a uma pequena área.
2ª etapa
Para que o espaço externo seja desafiador, assegure a diversidade de propostas. O ideal é contemplar o pátio com ambientes com areia, água e, principalmente, alguma área verde, mesmo que seja em vasos e floreiras. Em todos eles, é importante garantir a segurança. Medidas simples, como colocar colchonetes no chão para amortecer quedas em balanços ou escorregadores, ajudam a prevenir acidentes. Também é importante que haja pelo menos um adulto para cada sete crianças.
3ª etapa
Hora de pensar no tempo despendido fora da sala. Assegure que as atividades ao ar livre tenham um espaço cativo na agenda semanal - a familiaridade com o ambiente externo é essencial para que os pequenos possam fazer suas próprias descobertas.
4ª etapa
De tempos em tempos, surpreenda a turma com novidades criativas. Experimente, por exemplo, colocar objetos como lupas, binóculos, caleidoscópios e móbiles em lugares
estratégicos, como galhos de árvores e cantos vazios. Outra forma de valorizar a área
externa é variar as atividades em cada ambiente. É possível, por exemplo, usar o jardim para ler histórias, adaptando o ambiente de acordo com o enredo.
Avaliação
Para analisar quais atividades e ambientes funcionam e, ao mesmo tempo, verificar o envolvimento das crianças nas diferentes propostas, elabore fichas de observação para cada uma. Ela pode conter os seguintes itens:
- Nome da criança
- Envolve-se em quais propostas?
- Qual espaço prefere?
- Com quem gosta de brincar?
- Mantém-se atenta às rodas organizadas na área externa?
- Percorre o espaço externo de maneiras diferentes?
- De que forma explora os desafios colocados na área?
Com base nesse diagnóstico, reorganize o ambiente e estimule cada criança, individualmente, a descobrir atividades e oportunidades ainda inexploradas.
Ana Paula Yazbek
Pedagoga e diretora do Berçário do Espaço da Vila, em São Paulo
Educação Infantil
4 a 6 anos
Prática pedagógica
Atividade Permanente
Um bate-papo sem fim
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Linguagem oral e comunicação
Objetivos
- Compartilhar experiências.
- Desenvolver a habilidade de falar, perguntar, responder, expor idéias, dúvidas, descobertas e inquietações.
- ATENÇÃO: Esta atividade pode ser adaptada para pré-escola.
Conteúdo
Oralidade.
Tempo estimado
Diariamente. A duração varia de acordo com a idade e a experiência do grupo com a atividade.
Organização da sala
Em roda.
Desenvolvimento
- Tenha sempre um livro em mãos ou uma brincadeira planejada para servirem de temas, caso os assuntos não surjam espontaneamente.
- Deixe claro que todos farão um trabalho coletivo e informe os comportamentos esperados.
- Seja qual for o assunto, coloque-se como um interlocutor interessado.
- Permaneça atento às colocações e atribua sentidos e significados a elas.
- Apóie a fala dos menores com questões e intervenções organizadoras do discurso, ajudando no resgate de memória, nas descrições e nos relatos.
- Não tente determinar a ordem em que cada um vai falar. Todos devem ter liberdade para participar em diversos momentos, desde que não sobreponham a fala à do outro.
- As perguntas não devem ser respondidas em coro, pois nesse caso a autonomia e a habilidade de interagir são prejudicadas. Planeje as questões para evitar essa situação.
- Jamais antecipe as respostas para não perder a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento do pensamento infantil.
Avaliação
A comunicação se dá de muitas formas ¿ gestos, ações, movimentos, sons e palavras. Muitas vezes, uma única palavra sintetiza um fato ou pensamento. Observe o percurso e as necessidades específicas de cada um e planeje novas atividades e boas intervenções. Estimule a participação dos mais tímidos valorizando os saberes e habilidades deles.
Maria Virgínia Gastaldi
Editora de Educação Infantil da Editora Moderna, em São Paulo.
Daniela Panutti
Orientadora pedagógica do Colégio Vera Cruz, em São Paulo.
Reinventando os espaços da creche
Faixa etária
0 a 3 anos
Conteúdo
Identidade e autonomia
Objetivos
- Conquistar autonomia de forma progressiva em relação a si próprio, aos outros e aos objetos.
- Desenvolver a identidade, reconhecendo limites e capacidades.
- Ter prazer e divertir-se com a vida coletiva na escola.
- Desenvolver a oralidade e a sociabilidade.
Conteúdos
- Identidade e autonomia.
- Sociabilidade.
- Movimento.
Tempo estimado
O ano todo.
Material necessário
Móveis da própria sala, tecidos de tamanhos e texturas variados, caixas de papelão, bambolês, brinquedos, livros, revistas, sucatas variadas, bolas e papelões vazados.
Desenvolvimento
1ª etapa
Observe diariamente como as crianças interagem com o ambiente. Que espaços e objetos preferem? Que materiais são mais desafiadores? Que ações executam com brinquedos, livros etc.? Registre suas observações e, com base nelas, planeje intervenções gradativas no espaço permanente da turma.
2ª etapa
Organize cantos na sala, nos quais as crianças vão brincar e circular livremente. Use móveis, tecidos e tapetes para fazer uma divisão clara das áreas. O primeiro, com colchões e bolas, pode ser dedicado a brincadeiras corporais. O segundo, ao contato com livros e revistas. Mais um, para o faz de conta com objetos de cozinha e de bebês. Por fim, o canto de explorações (com tecidos de várias texturas, materiais sonoros e itens para desenho) e o das almofadas e dos objetos pessoais. Mostre tudo aos poucos, garantindo que os pequenos possam agir sozinhos ou em grupo.
3ª etapa
Monte cabanas em alguns cantos para colaborar com a divisão do espaço e colocar uma limitação física no ambiente. Nelas, as crianças entram e saem, tendo momentos de privacidade e sociabilidade. Aproveite e use a cabana para uma proposta coletiva, convidando as crianças a ouvir uma história ou fazer um desenho coletivo.
4ª etapa
A decisão sobre os materiais oferecidos é fundamental para propiciar desafios. É recomendável ter pequenos espelhos (desenvolvimento da identidade), caixas com objetos sonoros e outros de abrir e fechar (estímulo à exploração), além de pequenas bolas e tecidos grandes para jogar e puxar (promoção da sociabilidade). Variar a quantidade é útil para que os pequenos aprendam a pedir emprestado, a respeitar a vez do amigo e a compartilhar uma ação.
5ª etapa
Realize constantes intervenções no espaço. Confeccione tapetes com texturas e caixas com aberturas. Varie as propostas para que os pequenos possam estar em pequenos grupos e com toda a turma. Promova brincadeiras na frente de um espelho com objetos e tecidos. Esteja atento para mediar situações de socialização e possíveis conflitos entre os pequenos.
Avaliação
Crie situações para observar como cada um se relaciona com espaços, pessoas e objetos. Observe os avanços nas relações de respeito e no uso de estratégias comunicativas (orais ou não verbais), na gradativa superação de desafios corporais e no desenvolvimento da autonomia, tanto nas relações com os outros como no uso de objetos.
Consultoria: Karina Rizek
Coordenadora de projetos da Escola de Educadores e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10.
Fonte: revista NOVA ESCOLA
maravilhoso os planos .gostaria muito de receber no meu email dicas sobre planos.
ResponderExcluirquero receber dicas no meu email
ResponderExcluireu tenho que fazer um plano de aula,como nunca fiz estou com dificuldades se alguem poder me ajudar eu aceito, tem que ser um plano de aula na para crianças de 0 a 3 anos.
cleo
Muito obrigada mesmo ajudou bastante.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirMãe do ayrtonjr . No plano de movimentos adaptei o carteiro,meio de comunicação em jogos e movimentos.Parabéns.Elenira Cuiabá-Mt
ExcluirMãe do ayrtonjr . No plano de movimentos adaptei o carteiro,meio de comunicação em jogos e movimentos.Parabéns.Elenira Cuiabá-Mt
ExcluirOlá. Gostaria de uma ajuda. Tenho que trabalhar o tema "Aleijadinho" com crianças do berçário da creche em que sou coordenadora e não tenho a menor noção de como fazê-lo. Vocês poderiam me dar algumas sugestões, dicas. Eu gostaria muito de fazer um trabalho bacana. As crianças tem de 6 meses a 1 ano de idade.
ResponderExcluirAguardo a resposta de vocês e desde já agradeço a ajuda.
Att,
Viviane
tenho que fazer um plano de aula para crianças de 0 a 3 anos , será que poderia usar um desses modelos, estou perdida
ResponderExcluir