As fábulas são pequenas histórias que transmitem uma lição de moral. As personagens das fábulas são geralmente animais, que representam tipos humanos, como o egoísta, o ingênuo, o espertalhão, o vaidoso, o mentiroso, etc.A fábula é uma das mais antigas formas de narrativa. Muitos escritores dedicaram-se às fábulas, mas três ficaram mundialmente famosos: o grego Esopo (século VI a.C.), o latino Fedro (15 a.C. - 50 d.C.) e o francês Jean de La Fontaine (1621 - 1695). No Brasil, Monteiro Lobato (século XX) foi quem as recriou. Millôr Fernandes é um escritor carioca que recriou as antigas fábulas de Esopo e La Fontaine, de forma satírica e engraçada.
A fábula se divide em 2 partes:
• 1ª parte - a história (o que aconteceu)
• 2ª parte - a moral (o significado da história)
A origem da fábula perde-se na antiguidade mais remota. Os gregos citavam Esopo como fundador da fábula.
Apresentação
O projeto propõe criar situações de interesse tanto individual quanto coletivo, ressaltando as artes visuais, o movimento, o conhecimento de mundo, o conhecimento de si e do outro, a importância da linguagem escrita, da linguagem oral, valorizando outras áreas do conhecimento: Matemática, Ciências Sociais, Música; além de explorar brincadeiras construtivas.
O trabalho pedagógico é valorizado quando os fábulas são usados como intervenções pedagógicas seguidas de orientações didáticas e objetivos a serem alcançados.
A partir de um projeto pedagógico, o facilitador é capaz de interagir, promover questionamentos, sugerir desafios aos educandos através de estímulos e situações-problema ou atividades elaboradas por meio dos conhecimentos prévios do aluno determinado, com a objetividade que se busca alcançar.
O aluno pode ser estimulado a participar de situações de comunicação oral por meio das fábulas, habilitando-o progressivamente a expressar desejos, necessidades, vontades e, principalmente, sentimentos, utilizando-se de gestos (mímicas) quando necessário ou solicitado, viabilizando o uso da inteligência cinestésico-corporal; enfim, permitindo, através da leitura das fábulas, a “brincadeira” com as palavras, reproduzindo-as verbalmente com: parlendas, trava-línguas, quadrinhos, adivinhas e canções.
A linguagem escrita pode ser incentivada quando o educando vivencia um ambiente intelectualmente estimulante, onde observa e explora o espaço com atitude de curiosidade, percebendo-se como sujeito ativo, capaz e transformador. Com uma metodologia dinâmica, o facilitador é capaz de instigar a criança a apreciar a leitura de história, vivenciando emoções, estabelecendo identificações, exercitando a fantasia e a imaginação; e familiarizá-las com os diferentes gêneros de textos, auxiliando a distinguir poemas (ou histórias) de uma notícia de jornal, e viabilizando, por sua vez, a inteligência lingüística ao trabalhar receitas, jogos de palavras, poemas, quadrinhos.
As contribuições do projeto fábulas sugerem para o professor significativas propostas de trabalho em sala de aula, permitindo que o docente envolva seus educandos em situações de contínuas construções ao longo do desenvolvimento do projeto, que poderá ser de aprendizagem, empreendimento ou até mesmo de temas cíclicos. As intervenções pedagógicas permitirão, ainda ao mediador, o exercício constante da práxis pedagógica, de reflexões, busca da autonomia progressiva e a criação de possibilidades para sua produção ou sua construção.
Objetivo do Trabalho
Promover nos educandos o apreço pela leitura, trabalhando o tema a fim de alcançar os objetivos pedagógicos desenvolvidos com base em intervenções pedagógicas inovadoras e criativas, favorecendo o desenvolvimento cognitivo e sociocultural das crianças, voltados para os desafios da pesquisa e da integração, estimulando, assim, a criatividade inata do aluno por meio de uma reflexão.
Partindo desse pressuposto, quando as várias formas de conhecimento são estimuladas, todas as linguagens são sugeridas — a exemplo de leitura simbólica, leituras plásticas, músicas, pinturas, dramatizações, recontos, teatro de fantoches e colagens —, estimulando as diversas inteligências: lingüística, lógico-matemática, espacial, sonoro-musical, cinestésico-corporal, naturalista e interpessoal.
Nesse modelo de práxis pedagógica, é de extrema relevância o respeito ao processo de ensino–aprendizagem dos educandos, em que todos os sujeitos envolvidos no projeto são atores e autores do processo.
Tema: Fábulas
Disciplinas: Português, Matemática, Educação Artística, Ciências e Computação.
Temas Transversais: Meio Ambiente, Natureza e Sociedade.
Procedimentais
• Construir coletivamente as combinações de convivência.
• Utilizar a leitura e a escrita tanto dirigida quanto espontânea de palavras, letras e frases relacionadas as fábulas.
• Observar a audição de diferentes suportes lingüísticos (lendas, contos, fábulas e mitos trabalhados paralelamente).
• Confeccionar um varal de textos, mural coletivo com sucata.
• Fazer apresentações teatrais com base nas “fábulas’’.
• Confeccionar maquetes, desenhos, sucatas e painéis.
• Aplicar atividades lúdicas.
• Apresentar os personagens, suas origens e características através dos contos.
• Executar trabalhos com colagens, desenho e pintura.
• Desenvolver e experimentar atividades matemáticas (com personagens).
• Confeccionar e construir livrinhos com o tema, ressaltando as produções realizadas pelos alunos ao longo do projeto.
• Realizar a lecto-escrita em várias situações de interação.
• Participar de jogos e brincadeiras.
Atitudinais
• Valorizar e socializar as informações que os alunos possuem acerca do tema.
• Interessar-se pela obra, buscando novas informações relacionadas ao tema.
• Apreciar as fábulas e demonstrar criatividade e raciocínio lógico no reconto das histórias.
• Permitir e ampliar o conhecimento sobre o conto trabalhado.
• Valorizar a leitura e a escrita.
Conceituais
• Identificar os personagens.
• Reconhecer os diversos tipos de animais presentes nas fábulas.
• Comentar com ajuda do facilitador que assume papel de agente dinamizador da leitura.
• Tirar conclusões e explorar as múltiplas possibilidades que o educando possa oferecer.
• Aplicar atividades de caráter lúdico, além de promover a interdisciplinaridade lúdica.
• Enumerar as palavras e frases que mais instigaram as crianças.
• Narração e descrição dos fatos; pseudoleitura.
• Reconto de história.
• Linguagem escrita: lecto-escrita, desenho, colagem, pintura, escrita espontânea.
Justificativa
A escolha do projeto “Fábulas” se deve primordialmente à preferência temática presente na obra, tais como: ludismo, seguido de valores educativos focalizados no cotidiano, centrados na poesia escrita para o leitor infantil, trabalhando gradativamente traços formais relevantes, como simplicidade formal e sonoridade.
As obras, associada a um projeto pedagógico que viabilize a troca de experiências e possibilidades de novas construções, permitirá aos educandos e ao mediador que se assumam epistemologicamente curiosos.
Metodologia e procedimentos
• Levantamentos dos conhecimentos prévios, estabelecendo um paralelo entre o conhecimento formal de maneira contextualizada, desafiando o aluno a pensar sobre o vivenciado.
• Produções coletivas e individuais de diferentes textos.
• Interpretação de diferentes linguagens.
• Ampliação do vocabulário oral e escrito.
• Registro escrito respeitando o nível de aquisição da escrita.
• Construção participativa das combinações de convivência.
• Apreciação de diferentes suportes lingüísticos: mitos, lendas, contos, fábulas.
Atividades
• Dinâmica de grupo.
• Pesquisa.
• Jogos diversos com os personagens (de memória, escrita das letras do alfabeto, imagens e palavras).
• Atividades matemáticas.
• Desenhos dirigidos e espontâneos.
• Observação realizada através de situações-problema, seguida de relatório.
• Dobraduras.
• Máscaras, fantoches.
• Músicas.
• Pinturas.
• Listagens.
• Dramatizações.
• Leituras diversas, promovendo a interdisciplinaridade.
• Escrita espontânea.
• Adivinhações usando como tema os personagens trabalhados no conto.
• Mímicas.
• Seqüência de figuras.
• Colagem.
• Informativos.
• Aulas externas.
Materiais didáticos/recursos
• Televisão/filmes.
• Sucatas.
• Internet/softwares.
• Tintas.
• Máquina fotográfica.
Avaliação
A avaliação do projeto pode ser realizada de forma processual, na qual serão analisados os aspectos qualitativos e adotados critérios para viabilizar a utilização dos recursos vivenciados. Partindo do pressuposto da necessidade de incentivar nos educandos o apreço pela literatura, a utilização da literatura infantil, aliada a intervenções lúdicas, motiva os alunos a ajudar toda a instituição na realização do projeto. A partir do banco de dados, conhecimentos prévios já adquiridos sintetizam o que seria trabalhado. Dessa forma, classifica-se a avaliação como sendo inclusiva, uma vez que os aspectos qualitativos permeiam todo o trabalho desenvolvido durante o projeto, e, mesmo após a culminância, são respeitadas as competências adquiridas pelos alunos, que continuarão a utilizá-las em outras situações.
Os resultados obtidos durante e após o projeto tendem a superar os esperados, já que os educandos internalizaram a importância da literatura na vida escolar e cotidiana, pois vivenciaram e experimentaram o mundo letrado por meio de atividades lúdicas que permitem uma viagem ao mundo imaginário e que oportunizam-lhes construírem suas próprias produções literárias.
1. A Lebre e a Tartaruga x
2. A Formiga e a Pomba xxxx
3. A Galinha e os Ovos de Ouroxxxx
4. A Mulher e sua Galinha xxxx
5. A Mula xxxx
6. As Árvores e o Machado xxxx
7. As Lebres e as Rãs xxxx
8. O Asno, a Raposa, e o Leãoxxxx
9. O Asno e o Velho Pastor xxxx
10. O Boi e a Rã xxxx
11. O Asno em Pele de Leão xxxx
12. O Cachorro e sua Sombraxxxx
13. O Carvalho e os Juncos xxxx
14. O Cavalo e o seu Tratadorxxxx
15. O Cego o o Filhote de Loboxxxx
16. O Filhote de Cervo e sua Mãexxxx
17. O Galo e a Pedra Preciosaxxxx
18. O Galo de briga e a Águiaxxxx
19. O Gato e o Galo xxxx
20. O Ladrão e o Cão de Guardaxxxx
21. O Leão Apaixonado xxxx
22. O Leão e o Rato xxxx
23. O Leão e os Três Touros xxxx
24. A Lebre e o Cão de Caça xxxx
25. O Lobo e a Garça xxxx
26. O Cervo Doente xxxx
27. O Lobo e a Ovelha xxxx
28. O Cão Raivoso xxxx
29. O Corvo e o Jarro xxx
30. O Leão, o Urso e a Raposaxxxx
31. A Raposa e as Uvas
32. Fábula da Convivênciaxx
33. O gato e as ratas
34. O veado e a Vinha
35. A águia
A Lebre e a Tartaruga
Um dia, uma Lebre ridicularizou as pernas curtas e a lentidão da Tartaruga. A Tartaruga sorriu e disse: "Pensa você ser rápida como o vento; Mas Eu a venceria numa corrida."
A Lebre claro, considerou sua afirmação algo impossível, e aceitou o desafio. Convidaram então a Raposa, para servir de juiz, escolher o trajeto e o ponto de chegada.
E no dia marcado, do ponto inicial, partiram juntos. A Tartaruga, com seu passo lento, mas firme, determinada, em momento algum, parou de caminhar.
Mas a Lebre, confiante de sua velocidade, despreocupada com a corrida, deitou à margem da estrada para um rápido cochilo. Ao despertar, embora corresse o mais rápido que pudesse, não mais conseguiu alcançar a Tartaruga, que já cruzara a linha de chegada, e agora descansava tranqüila num canto.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao trabalhador que realiza seu trabalho com zelo e persistência, sempre o êxito será o seu quinhão.
A Formiga e a Pomba
Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem.
Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem é grato de coração, sempre encontrará uma oportunidade para demonstrar sua gratidão.
A Galinha e os Ovos de Ouro
Um camponês e sua esposa possuíam uma galinha que, todo dia sem falta, botava um ovo de ouro.
Supondo que dentro dela deveria haver uma grande quantidade de ouro, eles então a sacrificam, para enfim pegar tudo de uma só vez.
Então, para surpresa dos dois, viram que a ave, em nada era diferente das outras galinhas.
Assim, o casal de tolos, desejando enriquecer de uma só vez, acabam por perder o ganho diário que já tinham assegurado.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem tudo quer, tudo perde.
A Mulher e sua Galinha
Uma mulher possuía uma galinha, que todos os dias sem falta, botava um ovo.
Ela então pensava consigo mesma, como poderia fazer para obter, ao invés de um, dois ovos por dia.
Assim, disposta a atingir seu objetivo, decidiu alimentar a galinha com uma porção de ração em dobro.
A partir daquele dia, a galinha tornou-se gorda e preguiçosa, e nunca mais botou nenhum ovo.
Autor: Esopo
Moral da História:
O Ganancioso, cedo ou tarde, acaba por se tornar vítima de sua própria ganância.
A Mula
Uma mula, sempre folgada, pelo fato de não trabalhar e ainda assim receber uma generosa quantidade de milho como ração, vivia orgulhosa dentro do curral. Era pura vaidade, e comportava-se como se fosse o mais importante animal do grupo. E confiante, falava consigo mesma:
Meu pai certamente foi um grande e Belo Raça Pura. Sinto-me orgulhosa por ter herdado toda sua graciosidade, resistência, espírito e beleza.
Pouco tempo depois, ao ser levada à uma longa jornada, como simples animal de carga, cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada:
Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai, pode Ter sido apenas um simples Burro de carga.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração
As Árvores e o Machado
Um homem foi à floresta e pediu às árvores, para que estas lhe doassem um cabo para o seu machado novo. O conselho das árvores então concorda com o seu pedido, e lhe dá uma jovem árvore para este fim.
E logo que o homem coloca o novo cabo no machado, começa furiosamente a usá-lo, e em pouco tempo, já havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres árvores daquela floresta.
Um velho Carvalho, observando a destruição à sua volta, comenta desolado com um Cedro seu vizinho:
O primeiro passo significou a perdição de todas nós. Se tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, também teríamos preservado os nossos, e poderíamos ficar de pé ainda por muitos anos.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem menospreza seu semelhante, não deve se surpreender se um dia lhe fizerem a mesma coisa.
As Lebres e as Rãs
As lebres, animais tímidos por natureza, sentiam-se oprimidas com tanto acanhamento. Como viviam, todo o tempo, com medo de tudo e de todos, frustradas, resolveram dar um fim às suas angústias.
Então, de comum acordo, decidiram por fim às suas vidas. Concluíram que assim resolveriam todos os seus problemas. Combinaram então que se jogariam do alto de um penhasco, para as escuras e profundas águas de um lago.
Assim, quando correm para o abismo, várias Rãs que descansavam ocultas pela grama à beira do mesmo, tomadas de pavor ante o ruído de suas pisadas, desesperadas, pulam na água, em busca de proteção.
Ao ver o pavor que sentiam as Rãs em fuga, uma das Lebres disse às companheiras:
Não mais devemos fazer isso que combinamos minhas amigas! Sabemos agora, que existem criaturas mais medrosas que nós.
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Autor: Esopo
Moral da História: Julgar que nossos problemas são os mais importantes do mundo, não passa de ilusão.
O Asno, a Raposa, e o Leão
O Asno e a Raposa fizeram um acordo, onde um protegeria o outro dos perigos. Assim entraram na floresta em busca de alimento. Não foram muito longe e logo encontraram um Leão.
A Raposa, vendo o perigo iminente, aproximou-se do Leão e lhe propôs um acordo. Ajudaria ele a capturar o Asno, desde que lhe desse a sua palavra de honra, de que ela não seria molestada.
Diante da promessa do Leão, a Raposa atrai o Asno à uma gruta, e dizendo que ali ele estará em segurança, o convence a entrar.
O Leão ao ver já garantido o Asno que está encurralado na gruta, deu um bote e agarrou a Raposa. Mais tarde, quando estava com fome, voltou e atacou o Asno.
Autor: Esopo
Moral da História:
O falso amigo convive apenas para tirar algum proveito do outro. Para obter êxito, usará da mentira e da deslealdade. Não respeitará sequer aqueles que chama de aliados. Nunca confie em concorrentes que se dizem amigos.
O Asno em Pele de Leão
A Lebre e o Cão Um Asno, ao colocar sobre seu dorso uma pele de Leão, vagava pela floresta divertindo-se com o pavor que causava aos animais que ia encontrando pelo seu caminho.
Por fim encontra uma Raposa, e também tenta amedrontá-la. Mas a Raposa, tão logo escuta o som de sua voz, exclama com ironia:
Eu certamente teria me assustado, se antes, não tivesse escutado o seu zurro.
Autor: Esopo
O Asno e o Velho Pastor
Um Pastor contemplava tranquilo seu Asno a pastar em uma verde campina. De repente, escuta ao longe, os gritos de uma tropa de soldados inimigos, que se aproxima rapidamente.
Então temendo ser capturado pelo inimigo, ele suplica ao animal, que este o carregue em seu dorso, o mais rápido que puder, para não serem aprisionados. O Asno, com calma, lhe pergunta:
Senhor, por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego todo dia, mais outros dois?
Suponho que não! - Lhe responde o Pastor.
Então, - Diz o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já carrego, que diferença faz a qual senhor estarei servindo?
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao mudar o governante, para o pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.
O Boi e a Rã
Um Boi indo beber água num charco, acidentalmente pisa numa ninhada de rãs e esmaga uma delas.
A mãe das Rãs, ao dar pela falta de um dos seus filhotes, pergunta aos seus irmãos o que aconteceu com ele.
Ele foi morto! Há poucos minutos atrás, uma grande Besta, com quatro enormes patas rachadas ao meio, veio até a lagoa e pisou em cima dele.
A mãe começa a inchar e pergunta:
A besta era maior do que eu estou agora?
Pare mãe, pare de inchar - Pede seu filho - não se aborreça, mas eu lhe asseguro, por mais que tente, você explodiria antes de conseguir imitar o tamanho daquele Monstro.
Autor: Esopo
Moral da História:
Na maioria das vezes, as coisas insignificantes desviam nossa atenção do verdadeiro problema.
O Cachorro e Sua Sombra
Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um riacho, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu.
Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua.
Agindo assim êle perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.
Autor: Esopo
Moral da História:
É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso.
O Carvalho e os Juncos
Um grande carvalho, ao ser arrancado do chão pela força de forte ventania, rio abaixo é arrastado pela correnteza. Levado pelas águas, ele cruza com alguns Juncos, e em tom de lamento exclama:
Gostaria de ser como vocês, que de tão esguios e frágeis, não são de modo algum afetados por estes fortes ventos.
E Eles responderam:
Você lutou e competiu com o vento, por isso mesmo foi destruído. Nós ao contrário, nos curvamos, mesmo diante do mais leve sopro da brisa, e por esta razão permanecemos inteiros e a salvo.
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Autor: Esopo
Moral da História:
Para vencer os mais fortes, não devemos usar a força, mas antes disso, inteligência e humildade.
O Cavalo e o Seu Tratador
Um zeloso empregado de uma cocheira, costumava passar dias inteiros limpando e escovando um cavalo que estava sob seus cuidados.
Entretanto, ao mesmo tempo, roubava os grãos de aveia destinados à alimentar o pobre animal, e os vendia para obter lucro.
Então o cavalo se volta para ele e diz:
Acho apenas que se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais.
Autor: Esopo
Moral da História:
Devemos desconfiar daqueles que vivem promovendo e tentanto ostentar publicamente suas próprias virtudes.
Cego e o Filhote de Lobo
Um Cego de nascença possuia a habilidade de distinguir diferentes animais, apenas tocando-os com suas mãos.
Trouxeram-lhe então um filhote de Lobo, e colocando-o em seu colo, pediram que o apalpasse e depois descrevesse que animal seria aquele.
Ele correu as mãos sobre o animal, e estando em dúvida, comentou:
Eu com certeza não sei se isto é o filhote de uma Raposa ou o filhote de um Lobo; mas de uma coisa eu tenho certeza, ele jamais seria bem vindo dentro de um curral de ovelhas.
Autor: Esopo
Moral da História:
As más tendências são mostradas já na primeira infância.
O Filhote de Cervo e sua Mãe
Certa vez, um jovem Cervo conversava com sua mãe:
Mãe você é maior que um Lobo. É também mais veloz e possui chifres poderosos para se defender, por que então você tem tanto medo deles?
A Mãe amargamente sorriu e disse:
Tudo que você falou é a mais pura verdade meu filho, mesmo assim, quando eu escuto um simples ganido de Lobo, me sinto fraca e só penso em correr o mais que puder.
Autor: Esopo
Moral da História:
Para a maioria das pessoas é mais cômodo conviver com seus medos e fraquezas, mesmo sabendo que são capazes superar cada uma dessas coisas.
O Galo e a Pedra Preciosa
Um Galo, que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado:
Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, a que todas as jóias do Mundo!
Autor: Esopo
Moral da História:
A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisa.
O Galo de Briga e a Águia
Dois galos estavam disputando em feroz luta, o direito de comandar o galinheiro de uma chácara. Por fim, um põe o outro para correr e é o vencedor.
O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num canto sossegado do galinheiro.
O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e exultante cantou com toda sua força.
Uma Águia que pairava ali perto, lançou-se sobre ele e com um golpe certeiro levou-o preso em suas poderosas garras.
O Galo derrotado saiu do seu canto, e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência.
Autor: Esopo
Moral da História:
O orgulho e a arrogância é o caminho mais curto para a ruína e o infortúnio.
O Gato e o Galo
Um gato, ao capturar um galo, ficou imaginando como achar uma desculpa, qualquer que fosse, para justificar o seu desejo de devorá-lo.
Acusou ele então de causar aborrecimentos aos homens, já que cantava à noite e não deixava ninguém dormir.
O galo se defendeu dizendo que fazia isso em benefício dos homens, e assim eles podiam acordar cedo para não perder a hora do trabalho.
O gato respondeu; "Apesar de você ter uma boa desculpa eu não posso ficar sem jantar." E assim comeu o galo.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem é mau caráter, sempre vai achar uma desculpa tornar legítimas suas ações.
O Ladrão e o Cão de Guarda
Um ladrão veio à noite para assaltar uma casa. Ele trouxe consigo vários pedaços de carne, para que pudesse acalmar um feroz Cão de Guarda que vigiava o local. A carne serviria para distraí-lo, de modo que não chamasse a atenção do seu dono com latidos.
Assim que o ladrão jogou os pedaços de carne aos pés do cão, este disse:
Se você estava querendo calar minha boca, cometeu um grande erro. Tão inesperada gentileza vinda de suas mãos, apenas serviram para me deixar ainda mais atento. Sei que por trás dessa cortesia sem motivo, você deve ter algum interesse oculto para beneficiar a si mesmo e prejudicar o meu dono.
Autor: Esopo
Moral da História:
Gentilezas inesperadas é a principal característica de uma pessoa com más intenções.
O Leão Apaixonado
Um Leão pediu a filha de um lenhador em casamento. O Pai, contrariado por não poder negar, já que o temia, viu também na ocasião, um excelente modo de livrar-se de vez do problema.
Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo dessas coisas.
Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, o que o fez retornar para a floresta.
Autor: Esopo
Moral da História:
Todos os problemas, quando examinados de perto, acabam por revelar sua solução.
O Leão e o Rato
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade. Rindo por achar ridícula a idéia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
Autor: Esopo
Moral da História:
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.
O Leão e os Três Touros
Três touros, amigos desde longa data, pastavam juntos e tranquilos no campo.
Um Leão, escondido no mato, espreitava-os na esperança de fazer deles seu jantar, mas receava atacá-los enquanto estivessem em grupo.
Finalmente, por meio de ardilosas e traiçoeiras palavras, ele conseguiu criar entre eles a discórdia e separá-los.
Assim, tão logo eles pastavam sozinhos, atacou-os sem medo algum, e um após outro, foram sendo devorados sempre que sentia fome.
Autor: Esopo
Moral da História:
União é força.
A Lebre e o Cão de Caça
Um Cão de caça, depois de obrigar uma Lebre a sair de sua toca, e depois de uma longa perseguição, de repente parou a caçada.
Um Pastor de Cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:
Aquele pequeno animal é melhor corredor que você.
E o Cão de caça responde:
Você não vê a diferença que existe entre nós? Eu estava correndo apenas para conseguir um jantar, mas ele, corria por sua Vida.
Autor: Esopo
Moral da História:
O motivo pelo qual realizamos uma tarefa, é o que vai determinar sua qualidade final.
O Lobo e a Garça
Um Lobo, ao se engasgar com um pedaço de osso, contratou uma Garça, para que esta colocasse a cabeça dentro da sua goela, e de lá pudesse retirá-lo. Em troca haveria de lhe dar uma grande soma em dinheiro.
Quando a Garça retirou o osso e pediu o pagamento combinado, o Lobo, rosnando ferozmente, exclamou:
Ora, Ora! Você já foi devidamente recompensada. Quando permiti que sua cabeça saisse a salvo de dentro da minha boca, você já foi muito bem paga.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao servir a alguém de má índole, não espere recompensas, e ainda agradeça caso o mesmo vire as costas e vá embora sem lhe fazer mal algum.
O Cervo Doente
Um Cervo doente e incapaz de andar, repousava quieto em um pequeno pedaço de pasto fresco.
E aqueles que se diziam seus companheiros, então vieram em grande número para saber de sua saúde. E cada um deles, servia-se à vontade da escassa grama daquele reduzido pasto, que lá estava para seu próprio sustento.
Assim ele morreu, não da doença da qual padecia, mas por falta de alimento, uma vez que não podia caminhar para ir buscar em outro lugar.
Autor: Esopo
Moral da História:
As más companhias sempre trazem mais infortúnios que alegrias.
O Lobo e a Ovelha
Um lobo, muito ferido devido à várias mordidas de cachorros, repousava doente e bastante debilitado em sua toca.
Como estava com fome, ele chamou uma ovelha que ia passando ali perto, e pediu-lhe para trazer um pouco da água de um regato que corria ao lado dela.
Assim, falou o lobo, se você me trouxer água, eu ficarei em condições de conseguir meu próprio alimento.
Claro, respondeu a ovelha, se eu levar água para você, sem dúvida eu serei esse alimento.
Autor: Esopo
Moral da História:
Um hipócrita não consegue disfarçar suas verdadeiras intenções, apesar das palavras gentis.
O Cão Raivoso
Um cachorro costumava atacar de surpresa, e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente.
Então, seu dono pendurou um sino em seu pescoço, pois assim podia alertar as pessoas de sua presença, onde quer que estivesse.
O cachorro cresceu orgulhoso, e vaidoso do seu sino, caminhava tilintando-o pela rua.
Um velho cão de caça então lhe disse:
Por quê você se exibe tanto? Este sino que carrega, acredite, não é nenhuma honraria, mas antes disso, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso.
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Autor: Esopo
Moral da História:
Engana-se quem pensa que ser notório é ser honrado.
O Jarro
Um Corvo, que estava sucumbindo de sede, viu lá do alto um Jarro, e na esperança de achar água dentro, voou até lá com muita alegria.
Quando o alcançou, descobriu para sua tristeza, que o Jarro continha tão pouca água em seu interior, que era impossível retirá-la de dentro.
Ainda assim, ele tentou de tudo para alcançar a água que estava dentro do Jarro, mas como seu bico era curto demais, todo seu esforço foi em vão.
Por último ele pegou tantas pedras quanto podia carregar, e uma a uma colocou-as dentro da Jarra. Ao fazer isso, logo o nível da água ficou ao seu alcance do seu bico, e desse modo ele salvou sua vida.
Autor: Esopo
Moral da História:
A necessidade é a mãe de todas as invenções.
Leão, o urso e a Raposa
Um Leão e um Urso capturaram um cervo, e em feroz luta, disputavam pelo direito de posse da presa.
Após terem lutado bastante, cansados e feridos, eles cairam no chão completamente exaustos.
Uma Raposa, que estava nas redondezas, à uma distância segura observando a tudo quieta, e vendo ambos caídos no chão e o cervo abandonado ali perto, passou correndo entre os dois, e de um bote agarrou-o com a boca e desapareceu no meio do mato.
O Leão e o Urso vendo aquilo, mas incapazes de impedir, disseram:
Ai de nós, que nos ferimos um ao outro apenas para garantir o jantar da Raposa!
Autor: Esopo
Moral da História:
Algumas vezes acontece de alguém fazer todo trabalho pesado, e outro levar todo o lucro
A Raposa e as Uvas
Uma Raposa, morta de fome, viu ao passar, penduradas nas grades de uma viçosa videira, alguns cachos de Uvas negras e maduras.
Ela então usou de todos os seus dotes e artifícios para pegá-las, mas como estavam fora do seu alcance, acabou se cansando em vão, e nada conseguiu.
Por fim deu meia volta e foi embora, e consolando a si mesma, meio desapontada disse:
Olhando com mais atenção, percebo agora que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras como eu imaginei a princípio.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao não reconhecer e aceitar as próprias limitações, o vaidoso abre assim o caminho para sua infelicidade.
Fábula da Convivência
Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram indefesos, por não se adaptarem às condições do clima hostil. Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro.
E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se,
enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso.
Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital,
questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se,
por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...
Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar pouco a pouco,
com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma
certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem ferir,
para sobreviver sem magoar, sem causar danos recíprocos.
Assim suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.
É fácil trocar as palavras... difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado.... difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto... difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos... difícil é reter seu calor!
É fácil sentir o amor... difícil é conter a sua torrente!
O gato e as ratas
Havia uma casa completamente cheia de ratas. Um gato soube disso e foi até lá e pouco a pouco, ia devorando as ratas. Mas elas, vendo que estavam sendo caçadas rapidamente, resolveram ficar escondidas em suas tocas.
Não podendo pegá-las, o gato planejou uma armadilha para que elas saíssem. Subiu no alto de uma viga e deitado nela se fingiu de morto. Porém, uma das ratas apareceu, o viu e lhe disse:
- Escuta aqui, amiguinho! Mesmo que você fosse um saco de farinha eu não me aproximaria de você.
MORAL: "Os malvados, quando não pode ferir suas vítimas diretamente, procuram um truque atraente para fazer isso. Tome sempre muito cuidado com o muito lindo e atraente que lhe oferecem."
O veado e a vinha
Um veado era perseguido por alguns caçadores e por isso se escondeu debaixo de uma vinha. Os caçadores passaram muito perto, mas não a viram. Então, o veado, acreditando estar muito bem escondido, começou a saborear as folhas de vinha que o cobria.
Vendo aquelas folhas se mexerem, os caçadores tiveram a certeza de que ali tinha um animal escondido e atiraram com suas armas, acertando mortalmente o veado. Este, vendo que ia morrer, pronunciou essas palavras:
- Eu mereci, pois não devia maltratar a quem estava me salvando!
Moral da história: "Seja sempre agradecido com aqueles que te ajudam a seguir em frente."
A águia
Certo dia uma águia olhou para baixo, do alto do seu ninho, e viu uma coruja.
Que estranho animal! - pensou consigo mesma. Certamente não se trata de um pássaro.
Movida pela curiosidade, abriu suas grandes asas e pôs-se a descer voando em círculos
Ao aproximar-se da coruja perguntou:
- Quem é você? Como é seu nome?
- Sou a coruja - respondeu o pobre pássaro em voz trêmula, tentando esconder-se atrás de um galho.
- Ha, ha! Como você é ridícula! - riu a águia, sempre voando em torno da árvore. Só tem olhos e penas! Vamos ver, acrescentou, pousando num galho, - vamos ver de perto como você é. Deixe-me ouvir melhor sua voz. Se for tão bonita quanto sua cara vou ter que tapar os ouvidos.
- Enquanto isso a águia tentava, por meio das asas, abrir caminho por entre os galhos para apanhar a coruja.
Porém um fazendeiro havia colocado, entre os galhos da árvore, diversos ramos cobertos de visgo, e também espalhara visgo nos galhos maiores.
Subitamente a águia viu-se com as asas presas à árvore, e quanto mais lutava para se desvencilhar, mais grudadas ficavam suas penas.
A coruja disse:
- Águia, daqui a pouco o fazendeiro vai chegar, apanhar você e trancá-la numa grande gaiola. Ou talvez a mate para vingar-se pelos cordeiros que comeu. Você, que passou toda a sua vida no céu, livre de qualquer perigo, tinha alguma necessidade de vir até aqui para caçoar de mim?
MORAL: "Um dia da caça, outro do caçador."
Parabéns pelo projeto!
ResponderExcluirParabéns! Ótimo projeto...
ResponderExcluirAdorei👏👏👏
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